terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Um pequeno balanço anual

    




   Se pra todo mundo o ano acaba em dezembro, pra mim ele acaba duas vezes. Deixem-me explicar, se o aniversário é o final de um ciclo para início de outro, é um ano novo, eu que nasci em dezembro, vivo duas vezes um novo ano no mesmo mês. Final de ano vem sempre com aquela melancolia, ao mesmo tempo com muita alegria, novas promessas, revisão das antigas, aquela coisa que todo mundo sabe. Estou na minha semana, a mais importante do ano pra mim, a semana que tudo acaba pra recomeçar, a semana que Deus me abençoa me dando mais uma chance de acertar e até de errar, já que a gente aprende com os erros, que eu erre bastante também. 
    Há cerca de um mês eu estava odiando 2012, classificava ele como um dos piores da minha vida, mas quando começou a minha fase de reflexão eu percebi que tenho muito mais a agradecer do que reclamar. Todos os obstáculos que surgiram foram superados, e todos, todinhos mesmo, serviram pra me aproximar de pessoas maravilhosas, amigos que eu já sabia que tinha, outros que eu nem imaginava que poderia contar e isso que é o espetáculo da vida, ter certeza que existem pessoas de valor, pessoas que nos amam pelo o que somos e nos ajudam sem interesse algum. 
   Esse ano eu descobri que existem pessoas que valem muito a pena, em contrapartida descobri outras tantas que não merecem nem respeito, mas com essas aprendi a lidar, aprendi a ser falsa para retribuir tanta falsidade. Se a gente colhe o que planta, eu descobri que, por incrível que pareça, tenho plantado mais amizade que discórdia. Quer saber? No fim das contas tô feliz com o meu ano velho e ansiosa pelo novo, que venham mais amigos, que os falsos caiam por si só, sem que eu tenha ao menos que lhes desejar o mal. Que seja assim e até melhor, que meus novos anos me surpreendam, que eu continue sendo feliz, guiada e vigiada sempre por Deus e por pessoas que valem a pena!

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012




Odiada por muitos mas tão amada e tão querida por poucos que valem muito mais a pena! Coisa boa ganhar carinho, atenção e ver brotar sementinhas de amizade e amor! Na semana em que comemorarei mais um ano de vida percebo que só tenho que agradecer, os que não gostam de mim são todos aqueles que nada tem a acrescentar e fala sério, quem precisa desse tipo de gente por perto? ;) 

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Ando completamente sem paciência com pessoas simplórias, puxa-sacos, dramáticas, egocêntricas, com mania de grandeza. Sempre gostei de gente simples, gente que olha no olho e diz o que tem que ser dito sem enrolação, sem drama, sem dó nem piedade. Em determinadas épocas da vida eu até aturo gente chata, mas tudo tem limite, tem horas que dá muito vontade de jogar a verdade na cara e dizer: "Eu penso isso, agora decide se quer conviver comigo sem falsidade, sabendo exatamente tudo o que eu penso sobre ti e esse teu jeito irritante." Por favor Deus me dá paciência, que eu saiba contar até quanto for preciso pra aturar o tanto de gente chata que me rodeia, dá pra eles também paciência pra seguirem aturando as minhas chatices.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012




Eu não admito que nada me escravize. Amigos, amor, trabalho, lazer e gostos devem ser leves e agradáveis, quando entra a cobrança e a obrigação é porque tá na hora de colocar um ponto final e recomeçar. Quero perto de mim pessoas que me aceitam como eu sou, dando um pitaco ou outro de como eu posso fazer pra melhorar, pessoas que riam o meu riso e enxuguem o meu pranto. Quero para sempre ao ouvir 
o despertador, vestir o meu melhor sorriso e pensar: "Estou vestida e pronta para fazer o que eu amo". Quero curtir meus momentos de lazer com prazer, sem obrigação, sem hora marcada, assistir ao nascer e o por do sol quando quiser e dormir o dia todo quando o cansaço tomar conta. A vida é para ser vivida com prazer, e mesmo quando for obrigada a fazer o que não gosto muito, que seja minha a escolha de tornar leve a obrigação. Quero ser mais feliz, menos ranzinza, menos chata e mais presente na vida de quem eu amo. Vivendo para ser melhor, melhorando para viver feliz!

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Um pouco do que fui e do que tento ser

    


    Dia desses minha mãe comentava que tudo o que eu não fui rebelde quando criança eu fui quando adolescente. E quer saber? Ela tem razão, aliás, ela incrivelmente sempre tem razão. Durante a adolescência eu sofri um trauma muito grande que foi a separação dos meus pais, me faltou maturidade para entender que o melhor para eles deveria também, por mais doído que fosse, ser o melhor para mim. Enfim, a partir daí eu comecei a beber (nada demais, mas bebi muito sem necessidade), a fumar (também não precisava) e a comer desesperadamente, o que eu queria na verdade era chamar a atenção do mundo. Na mesma época a minha melhor amiga, éramos inseparáveis, engravidou, e mais uma vez me faltou maturidade para apoiá-la e encarar a situação de frente. Minha adolescência foi legal sim, mas conturbada, fui imatura, infantil, idiota, mas hoje quando olho pra trás agradeço por ter crescido e conseguir ao menos enxergar meus erros. 
    Na verdade a minha vontade imensa de mudar o mundo e querer chamar atenção virou um imenso amor pelo o que eu escolhi como profissão, o jornalismo. Como jornalista eu sou inquieta, inconstante e tenho é claro, aquela característica básica de estar sempre reclamando de alguma coisa, sempre criticando. Meu pai diz que eu tenho o senso crítico muito aguçado, e isso muitas vezes, e mais uma vez por total falta de maturidade, fez com que eu jogasse na cara das pessoas e do mundo verdades que eles não queriam e nem precisavam saber. 
    De todos os meus erros eu ainda penso que o mais grave eu cometi contra mim, na hora em que tentei achar no cigarro, na bebida e na comida uma fuga e uma maneira errada de chamar atenção do mundo. Sinto que de um ano pra cá eu acordei pra vida, acordei pra minha vida e tenho tentado ser melhor. Pra começo de conversa eu entrei pra academia e comecei uma reeducação alimentar. Tenho tentado ser um pouco menos sincera, eu disse TENTADO, ok?! Já é um começo. Quer saber o resultado? Estou mais magra, mais feliz e com a auto-estima láááá em cima. Sobre o cigarro eu tenho pensado seriamente em deixá-lo de lado, ainda são pensamentos, mas talvez diminuir seja um começo. Sobre a bebida, tenho certeza que estou longe do alcoolismo, mas também não custa dar uma diminuída, neh?! 
    A verdade é que um pouco de maturidade me fez ver que fazendo bem pra mim eu faço bem pro mundo ao meu redor. Me sinto mais leve, mais alegre, menos rancorosa, menos irritada, mais feliz! Escolher o bem, o perdão, o amor, uma alimentação saudável, a prática de exercícios físicos, mais amizades e menos brigas é escolher qualidade de vida, e essa tem sido a minha opção, que seja a sua também! Come on enjoy this way of good life and be happy!

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

O passado, o presente e o futuro

    



    A menina é feia de doer, tem o cabelo duro, a outra tem a gengiva enorme, quase maior que o rosto inteiro, uma é gorda, a outra é magra demais. A loira queria ser ruiva, a morena pinta o cabelo de acaju, a ruiva tinha sonho de ser morena. Tão diferentes, tão inquietas, tão pouco vividas mas tinham algo em comum, os sonhos e a luta para realizá-los. Elas namoraram o mesmo cara, e esse era o motivo maior e mais forte pra que elas se odiassem sem mesmo se conhecerem. Mulheres são assim, concorrem mesmo que não amem, comparam para que se sintam melhores, usam dos defeitos das outras para humilhar, rebaixar e tentar amenizar o sentimento de perda, de posse. 
    Não importa quão rica ou pobre seja uma mulher, apostem que existe uma outra mulher a quem ela odeia muito por causa de um homem. Namoraram 10 anos e ele te traiu com ela uma vez apenas, não importa, ela passa a ser alvo de ódio. Ficou 2 meses com ela e o resto da vida contigo, e tu lembrará dela para sempre. Esse ódio pode e deve ser saudável, deve ser um ciúme que ajuda a mexer com a relação, ajuda a não querer perder, a querer fazer diferente pra sair da rotina, a querer seduzir todos os dias. Ex é sempre sinal de insegurança, mas não pode ser o câncer do relacionamento. Todo mundo tem passado, e quando a gente entra na vida de alguém precisamos entender, aceitar e respeitar as escolhas que a pessoa fez antes de nos conhecer. 
    O legal é conseguir falar no ex na boa, sem stress, sem discussão, como lembranças saudáveis de uma história que de fato aconteceu e não pode ser negada. Tem ex que faz questão de ser lembrada, nesse caso, revida com carinho, revida mostrando que o cara é mais feliz contigo do que foi com ela e mostra que ele te escolheria mais milhões de vezes se preciso fosse. O que a gente tem que cuidar é pra não dar mais importância pra criatura do que ela merece, não dar o ibope que ela quer e principalmente não deixar ela estragar o relacionamento como ela está pretendendo fazer. 
    Confessem queridas mulheres, não importa de quanto tempo seja o ex ou se foi tu que acabou o namoro por falta de amor ou porque o cara era muito chato, a próxima namorada dele causa embrulho no estômago, falta de ar, ansiedade e uma certa raivinha. Mas isso logo passa, é só lembrar o quanto ele foi ruim pra ti (por melhor que tenha sido algo ruim ele tem) e ele volta pro devido lugar , a "lixeira" do coração. Aquela lixeira igual a do computador, onde todo mundo que é deletado da nossa vida vai pra lá e segue de alguma maneira ocupando espaço, muita gente volta pra área de trabalho outros ficam lá e pouquíssimos são deletados pra sempre. 
    É engraçado ver que toda a mulher sofre com a existência de alguma ex, admiráveis são as que conseguem ser superiores, que sabem que quem está no lugar certo é elas e de lá só quem pode tirá-las é Deus. Coisa triste é ver mulher implorando amor, se humilhando, suplicando, pedindo por favor, se esse não for o teu caso, relaxa, faz o teu melhor e segue firme. O que é passado tem que ser deletado para que o novo venha, para que o amor fortifique, para que uma nova história comece. 
 

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Sim ao Diploma de Jornalista

 


   Em 2009 o Supremo Tribunal Federal (STF) colocou fim à exigência do diploma de jornalismo. Pra encurtar a história, a partir de então, qualquer um passou a poder ser considerado jornalista, até mesmo os analfabetos (pasmem! a pessoa não sabe escrever mas pode ter registro como jornalista), enfim, a coisa virou uma bagunça geral, qualquer infeliz se dizia jornalista e pronto. Para o meu total azar ou sorte, sei lá, eu encontrei no jornalismo um grande amor, eu me apaixonei por ele (acho que é amor não correspondido) e decidi investir. Final de 2010 conclui a minha faculdade de jornalismo, e em março de 2011 coloquei as mãos no tão sonhado Diploma, mas isso tudo já escrevi aqui, o texto de hoje é só pra embasar a ideia que eu morrerei defendendo: jornalista tem que ter Diploma sim! 
    Já vi alguns colegas de profissão publicando textos contra a exigência do diploma e confesso que me esforço mas não consigo entendê-los, é como rezar pra Deus todos os dias e dizer que não acredita Nele. Como tu vai ir contra a profissão que tu escolheu? Se é contra Diploma pra que estudou para tê-lo então?! Não entendo e talvez leva a vida inteira para quem sabe um dia entender. Dia desses li um texto (me prestei a perder meu tempo lendo) que tinha argumentos ridículos (na minha humilde opinião de merda) contra o Diploma. 
    Dizer que alguém não sai da faculdade preparado para praticar jornalismo é muito óbvio, assim como veterinários, educadores físicos, advogados e pedagogos também não saem preparados. Ouso dizer que nem os médicos saem prontos, faculdade não prepara ninguém, faculdade dá o embasamento para a prática e o aperfeiçoamento vem com a experiência. Tanto que advogados ainda precisam fazer a prova da OAB pra poder advogar e médicos concluem a faculdade e ainda fazem a chamada residência que é uma espécie de curso prático para a especialização em uma área específica da medicina. 
    Em meio a essa luta pelo Diploma ouvi um discurso do Deputado Paulo Pimenta, que além de ser jornalista formado, é um aliado na luta pelo diploma sendo o autor da proposta de Emenda à Constituição nº 386/2009 que restabelece a necessidade do curso superior em jornalismo para o exercício da profissão – PEC dos Jornalistas. Na ocasião ele dizia que empregadas domésticas (absolutamente NADA contra elas) veterinários, médicos, professores, mendigos, Joãos Ninguéns,  e qualquer outro ser humano pensante ou não, podem atuar como jornalistas. Daí eu convido os colegas a pensarem comigo, pega uma criatura que mal sabe escrever e coloca ela dentro de uma redação e diz: "Bom dia, hoje a tua PAUTA é sobre tal coisa." ou então "Pega o RELEASE que chegou e vai cobrir a reunião." A pessoa certamente vai ficar em dúvida e provavelmente não vai saber nem por onde começar, se ela for um pouco esperta procura os termos no google, mas ainda assim aposto que terá dificuldades na construção da matéria. 
    Eu infelizmente já acompanhei um ser humano que passa longe da faculdade de humildade e mais longe ainda da faculdade de jornalismo ser editor chefe de um jornal, sinceramente, eu considerei a atuação dele um desastre e aposto que muitos colegas concordarão comigo. Aprendi na faculdade muita "teoria furada", confesso que mal lembro sobre Escola de FrankFurt e alguns filósofos muito chatos que fui obrigada a estudar, mas eu aposto que de alguma maneira muito subliminar eles são essenciais na prática diária do jornalismo. Toda e qualquer formação vem através de uma lógica, uma cadeia de pensamentos que tem uma ordem e deve ser seguida. Eu digo pra todo mundo que entra na faculdade de comunicação que se a pessoa gostar da matéria "Introdução a comunicação" ela vá em frente, do contrário é melhor rever, repensar e ter a certeza se quer a comunicação para a sua vida. Isso é uma teoria inventada por mim, e que eu acredito que de alguma maneira faz sentido. 
    Mas enfim, penso que usei grande parte dos argumentos que tenho na defesa do meu suado e batalhado Diploma de jornalismo, e ainda existem muitos a serem usados. Vou morrer defendendo que não é qualquer um que pode ser jornalista, assim com o não é qualquer um que pode ser publicitário(mas esse é um assunto específico para um post futuro), pois a comunicação assim como qualquer outra área precisa de qualidade e a qualidade vem através do estudo, que vem através da faculdade comunicação social habilitação jornalismo. Jornalistas precisam de Diploma, de estudo, de atualização, de vontade de transformar o mundo! Pelo Diploma de jornalismo! Pela dignidade dos jornalistas! 

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Abaixo a vulgaridade

    




    Eu estava sentada em uma mesa de bar, ouvindo boa música, tendo excelentes conversas, dando ótimas risadas, mas uma menina roubou a cena da noite. Uma menina bonita, corpo como exige a sociedade, maquiada, bem vestida, não tinha como não notá-la. Ela estava sentada bem na reta dos meus olhos e nem quisesse não tinha como olhar. Sabe o que mais me chamou a atenção? O jeito como ela dançava, como "dava corda" pra três homens ao mesmo tempo e se comportava como se quisesse seduzir todos, todinhos os homens que estavam ali. 
    Sou super a favor da liberdade que a mulher conquistou, direito ao voto, espaço no mercado de trabalho e até a Presidência da República, tudo isso é motivo pra comemorar, pra aproveitar, pra conquistar ainda mais, mas o que não deveria ter se perdido nesse caminho é o fato de que mulheres devem se portar como damas. Mulheres devem seduzir sem vulgarizar, devem chegar junto sem se humilhar, devem saber superar, devem se fazer serem desejadas, devem fazer charminho, devem ser sempre mulheres. Mulheres devem dar aquele toque feminino ao próprio corpo, devem alimentar a sensibilidade da alma, devem subir ao salto e descer dele com classe quando preciso for. 
    Talvez eu pareça estar sendo machista, mas juro que não, acreditem que tenho repúdio ao machismo, mas mulher vulgar estraga toda a essência, estraga toda a classe e ofende a sociedade. Mulher pode tomar a iniciativa, mas com jeito de mulher, sem agarrar, sem forçar, sem implorar, dá a deixa e entrega pra que o cara faça o resto se assim ele quiser. Acho a vulgaridade feia, ela invade o espaço dos homens e leva embora todo o charme feminino. Olhe de longe, pisque o olho, faça uma dança sensual, mas não chegue sentando no colo, falando baixarias, querendo todos os homens do mundo, isso é feio, é masculino, é ofensivo. 
    Nem a submissão nem a vulgaridade, deve existir um meio termo, e esse sim, é charmoso, é bonito, é encantador e conquista sempre. Homens são galinhas, nem todos, mas é da essência masculina não se contentar com pouco, acho isso feio e não devemos nos igualar a eles nesse ponto. Bonito mesmo é saber seduzir um único homem e fazer com que por muito tempo ele queira uma única mulher. Isso sim é ser super mulher, trabalhar, estudar, cuidar da casa, dos filhos e ser admirada aos olhos do amado, ser desejada, fazer com que o homem que você chama de seu pense em você todos os dias e te queira todas as noites. Saibamos ser mulheres, saibamos manter e aumentar o nosso espaço na sociedade sem vulgaridade, sem agressão e com muito charme e feminilidade.

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Vote consciente


    


    Estamos em época eleitoral, no dia 07 de outubro iremos às urnas eleger Prefeito e vereadores, é época de refletir, de termos a consciência que o poder de mudança está nas nossas mãos. Não adianta reclamar, dizer que nada vai mudar, que todos os políticos são iguais, precisamos acreditar, e termos a certeza que a mudança é possível e só depende de nós. Na hora de decidir o seu voto, leve algumas coisas em consideração:

·         => Você está elegendo um(a) vereador(a) para lhe representar na Câmara e não para ser secretário(a). Secretário(a) qualquer cidadão comum pode ser.

·         => Alguns brasileiros tem a cultura de vender seu voto por valor de um sacolão, telhas, tijolos, bueiros e outros, mas pense que você mesmo está pagando por isso, através dos impostos que paga todo o mês.

·         => Leiam os panfletos dos candidatos com muita atenção e votem em quem realmente está preparado para fazer a diferença e as transformações necessárias, senão, até quando vamos reclamar da corrupção?


·        =>  Votar por gozação, não faz parte da sua inteligência, pense bem, reflita, vote em quem melhor pode lhe representar na Câmara de Vereadores, em quem tem condições de fiscalizar o trabalho do Executivo, pois este é o verdadeiro e mais importante papel de um vereador.

·         => O programa Minha Casa Minha Vida faz parte de uma parceria da Caixa Econômica Federal x Governo Federal PT Dilma e você está pagando para realizar o sonho da casa própria. O candidato que lhe promete uma casa não merece o seu voto, pois ela é facilitada através de uma parceira pelo Governo Federal e a Caixa Econômica e não é dada por nenhum político.


    Não venda seu voto, ele tem um valor estimado para que as coisas aconteçam de maneira satisfatória. Para que você possa ter saúde de qualidade, educação de fundamento e a alegria de uma vida digna, por que você é quem paga o salário dos políticos. Pense nisso, reflita, o seu voto é muito valioso e determinará a sua qualidade de vida no futuro.


quarta-feira, 15 de agosto de 2012

O que os outros pensam é problema nosso

   



    Já vi muita gente compartilhando, postando e enchendo a boca pra dizer: "Eu não me preocupo com o que os outros pensam." Confesso que também já falei isso, mas aproveito aqui também pra confessar que a gente diz isso da boca pra fora. Se não nos preocupássemos com o que os outros pensam talvez andássemos pelados na rua, andaríamos gritando, dançando, falando sozinhos sem medo. Quer saber? Nos preocupamos sim com o que os outros pensam, e fazemos isso porque, na verdade, precisamos, para podermos viver bem e tentarmos viver em harmonia. 
    Quem nunca foi tirar a limpo uma história? Quem nunca se viu metido em uma fofoca ou foi alvo de uma mentira e perdeu o sono por isso? Se não estivéssemos nem aí pros outros não nos preocuparíamos. A verdade mesmo é que vivemos no Brasil uma ditadura silenciosa, as grandes empresas já assumiram que antes de contratar um funcionário vasculham a vida dele nas redes sociais, no spc, no serasa, ficha policial e o que mais for necessário, sendo assim fica difícil ou melhor, quase impossível não se preocupar com o que os outros pensam, já que o cara que tu dá uma indireta em uma rede social hoje pode ser o teu chefe amanhã, é gente, essa vida é doida. 
    Quem é que nunca, ao assistir uma palestra muito chata daquelas de dar sono, pensou em levantar e dar um grito ou dançar, ou cantar? Ah, confessa que já. E porque não fez isso? Com certeza pelo o que os outros iriam pensar e com medo de sair de lá preso em uma camisa de força.  Na verdade toda e qualquer atitude nossa é pra agradar ou impressionar alguém, seja a mãe, o pai, os irmãos, a professora, os colegas, o chefe, o o vizinho sarado, o nerd sequelado, a inimiga número um (sim, a gente quer sempre impressionar até quem não gostamos), e assim passamos a vida vivendo pros outros e preocupados com o que eles pensam sobre nós. 
    Tá bom, é lindo dizer que não se preocupa com o que os outros pensam, mas é mentira, a gente sabe que é, lá no fundinho a gente sempre sabe e assume. Cá estou eu, deletei meu facebook pra parar de ouvir coisas do tipo: "Ai como tu é polêmica!" "Nossa, tu fala demais!" "Se seguir assim tu vai te prejudicar!" e confesso que estou sentindo falta do meu face, dos meus amigos que eu só falava por lá, de saber da vida dos outros, de dar parabéns pros meus conhecidos, coisas idiotas e cotidianas, mas vamos confessar também que é por essas coisas que todo mundo tá lá. Agradeço aos idiotas que dizem: "Eu apagaria o meu face, mas o site de notícias mais importante do mundo atualiza lá primeiro!" Ahhh me poupa seu falso nerd, tu quer mesmo é saber quem mudou status de relacionamento, quem começou amizade com quem, quem tá se lamentando, quem tá comemorando, quem foi demitido, quem tá em um emprego novo, e por aí vai, não fosse por isso todo mundo deletaria o facebook sem o mínimo apego e abriria o g1, o terra, ou seja lá qual site de notícias fosse. 
    Deixemos a hipocrisia de lado e vamos assumir que somos todos assim, preocupados em agradar todo mundo (o que é impossível) e tentados em nos aprofundarmos na vida alheia. Vai lá, sem medo, assume e continua sendo feliz, ou infeliz, como preferir, mas sem perder a essência, as raízes, sem se corromper pelo o que os outros pensam. 

Um breve devaneio

    

    Tenho dificuldade pra confiar em quem fica em cima do muro, quem concorda com tudo, quem acha que está tudo sempre bem, quem abraça mole, aperta a mão sem vontade, quem analisa o ambiente enquanto conversa e não se preocupa em olhar no olho. Não confio em quem quer ser sempre politicamente correto, quem quer ser melhor em tudo (não tem como), quem não demonstra amor excessivo por nada, quem mais corneteia do que torce pro próprio time de futebol, quem lê um texto bonito e sai mandando por email, retweetando, compartilhando mesmo sem ter entendido muito bem o que quer dizer. Não tem como confiar em gente que se auto elogia, que não demonstra se abalar com nada, que não se permite emocionar, que não assume ter um lado brega(sim, todo mundo tem, assuma pelo menos pra si mesmo, ok?!). Aliás, desculpem me esse tipo de gente, mas acho que vocês na verdade não são gente, são extraterrestres vivendo uma experiência entre os humanos. Enquanto vocês se preocupam em ser politicamente corretos e perdem de dar boas risadas dos próprios erros, eu sigo aqui toda incorreta, imperfeita e cheia de vontade de errar mais e mais, ser mais e mais brega, errada, insana, divertida, fanática e acima de tudo feliz! 

Aqui se faz, aqui se paga

    Desde muito pequena sinto impacto nessa frase, ditado ou sei lá como se chama: "Aqui se faz, aqui se paga", mas só depois que eu fui crescendo ela começou a fazer total sentido. Frases batidas como: "Só faz pros outros o que tu gostaria que fizessem pra ti." e "A vida é como um espelho e reflete todas as nossas atitudes." só passam a ser entendidas depois de vivermos ocasiões em que elas se encaixem. Eu tenho mil defeitos, mas nunca fiz mal pra ninguém, hmmm, será? Forte isso, neh?! Olha, assim, até posso ter feito mal sem querer, magoar alguém todo mundo já magoou um dia, mas o mal que eu me refiro é aquele premeditado, pensando, estudado, planejado, esse tipo eu tenho certeza que nunca fiz e penso que nem teria coragem. Acontece que nem todo mundo tem uma mãe que ensina a não fazer pros outros o que não gostaria que fizesse pra si, e dessas pessoas eu tenho pena, porque quando a mãe não ensina a vida se encarrega disso, e essa é bem mais cruel que qualquer mãe do mundo. 
    A cada dia eu me deparo com mais gente ruim nesse mundo, mas gente ruim mesmo, daquelas que saem fazendo o mal sem o mínimo medo, sem lembrar daquela famosa lei da física de que para toda a ação há uma reação. Eu fico boba pensando como as pessoas podem simplesmente achar que o jeito certo de subir na vida ou conquistar qualquer coisa é derrubando os outros. Tudo o que eu tive na vida, que não foi muita coisa, eu sempre conquistei estudando, trabalhando, me dedicando, nunca pensei em ralar com a vida de ninguém pra assumir um cargo que fosse, ou pra tirar 10 no colégio ou na faculdade, ou pra ganhar moral com o chefe, isso não me faz melhor que ninguém, mas me faz ter a consciência e o sono tranquilos e pra mim isso é tudo o que eu mais prezo. 
    Eu estudei e vou estudar pra entender, aceitar, refletir sobre muita coisa, mas a maldade não está na minha lista de temas a serem estudados. Eu não quero entender essa gente má, eu só quero me defender, me manter distante e protegida sempre. Pra maldade eu tenho fé, pra gente ruim eu tenho o corpo fechado. Podem até me passar rasteira, me derrubar, me jogar no chão, mas eu volto mais forte, mais munida de fé, com mais certeza de que tenho Deus ao meu lado, mais garra pra viver e mais vontade de acertar e espalhar coisas boas por aí. Pra mim vale muito essa frase: "Aqui se faz, aqui se paga", eu não desejo o mal pra ninguém, pois cada um colhe o que planta, da justiça Deus se encarrega, não cabe a mim querer vingança, eu só peço o mesmo que a Rita Lee pediu cantando "reza": "Deus me poupe do seu fim", aliás, a letra dessa música é perfeita pra concluir meus pensamentos:


Reza
Rita Lee


Deus me proteja da sua inveja
Deus me defenda da sua macumba
Deus me salve da sua praga
Deus me ajude da sua raiva
Deus me imunize do seu veneno

Deus me poupe do seu fim

Deus me proteja da sua inveja
Deus me defenda da sua macumba
Deus me salve da sua praga
Deus me ajude da sua raiva
Deus me imunize do seu veneno

Deus me poupe do seu fim

Deus me acompanhe
Deus me ampare
Deus me levante
Deus me dê força

Deus me perdoe por querer
Que Deus me livre e guarde de você

Deus me acompanhe
Deus me ampare
Deus me levante
Deus me dê força

Deus me perdoe por querer
Que Deus me livre e guarde de você

Deus me perdoe por querer
Que Deus me livre e guarde de você

Deus me livre e guarde de você
Deus me livre e guarde de você






domingo, 12 de agosto de 2012

Todo mundo merece ter um pai

   


    Mãe todo mundo tem, mas pai não. Pra estarmos aqui nesse mundo, certamente surgimos do encontro entre um óvulo e um espermatozóide, esse fato é indiscutível, mas muitas vezes o "dono do espermatozóide faz o serviço" e some no mundo. Conheço muita gente que não tem idéia de quem seja o pai, outros que até sabem mas pouco ou nunca tiveram contato com o cidadão. A verdade é que um espermatozóide depois que fecunda o óvulo precisa de amor, atenção, alimentação pra virar um feto e depois uma criança, mas eu tenho a impressão que os homens pensam que podem sair por aí distribuindo espermatozóides sem a mínima responsabilidade e sem a noção de que aquele "bichinho" tem vida e em breve vai chorar, comer, andar, falar. 
    Aonde eu quero chegar? Quero dividir aqui o que eu nunca entendi, porque muitos homens tem tanta facilidade em virarem as costas pros próprios filhos? Como eles conseguem sair pelo mundo fingindo que nada aconteceu e não querendo viver a paternidade? Pais que são iguais ou melhores que as mães, são tão raros, que acabam sempre virando notícia. Hoje é dia dos pais, data que pra muitos não significa absolutamente nada. Eu particularmente prefiro chamar de dia das super mães e dedicá-lo pra tantas mulheres que acabam sendo pais e mães, que geram a vida, dão amor, atenção, sustentam e ainda superam o fato de terem sido abandonadas ou trocadas por outra. 
    Eu tenho pai e mãe, mas o meu pai já fez tanta bobagem nessa vida, e por último resolveu trocar as duas filhas por uma mulher que tem outras duas filhas as quais ele trata melhor que nós, que fomos geradas por ele, em função disso, eu simplesmente acho cada vez mais difícil conviver com ele me segurando pra não atirar toda a verdade na cara. Minha mãe é tão maravilhosa, que eles estão separados e ela simplesmente NUNCA abriu a boca pra falar mal dele pra mim e pra minha irmã, e olha que ela tem inúmeros motivos pra isso, mas ela está sempre tentando manter a harmonia entre as filhas dela e o cara que ela jurou que seria um bom pai. Minha mãe se enganou, mas quem nunca, neh?! 
    O fato é que eu vou morrer sem entender porque um homem se nega de viver a experiência única que é a paternidade? Eu tenho poucas lembranças boas do meu pai, mas são elas que fazem com que eu não brigue com ele, são elas que me permitem amá-lo apesar e acima de tudo, afinal, não fosse o espermatozóide dele eu não estaria aqui escrevendo nesse momento. Todo mundo merecia ter a oportunidade de conhecer e conviver com o pai, por pior que ele fosse. Pode ser bandido, médico, mau caráter, biólogo, advogado, cineasta, escritor, velho, novo, cabeça branca, com barba ou sem, ter bigode, bom ou mau humor, ser brabo, ser calmo, mas é o pai da pessoa, é quem por algum motivo a gerou, amou a sua mãe ou foi apenas um caso de uma noite, sua mãe ama ele até hoje e ele ama ela, mas eles negam esse fato, não importa, o que importa, é que nem todo mundo tem a oportunidade de ter um pai. 
    Conheço gente que ao invés do nome do pai tem tracinhos na carteira de identidade, conheço gente que passa a vida inteira sem falar com o pai e no fim da vida o cara decide fazer pelo filho o que não fez a vida inteira, conheço quem tenha o pai melhor que a mãe, conheço quem vê o pai fazer com os filhos dos outros o que nunca fez pra si, mas o fato é que seja do jeito que for todo mundo merece ter um pai e decidir se vale conviver com ele ou não. O certo seria se todos pudéssemos escolher se queremos ser filhos ou não, ninguém merece ser rejeitado por ninguém, ninguém tem o direito de julgar as atitudes de ninguém, por mais que eu ache que o meu pai está errado, não cabe a mim julgá-lo, deixo isso pra Deus que sabe fazer melhor do que eu. 
    Hoje é dia dos pais e eu não falei com o meu, queria que fosse diferente, queria que tivéssemos sentado em uma restaurante pra almoçarmos ou jantarmos juntos, pra relembrarmos nossos bons momentos, pra darmos risada e talvez até pra chorarmos juntos, mas ele não quis assim e eu aprendi a respeitar os mais velhos, por isso respeito a vontade dele. Ele diz que me ama, mas não demonstra me amar, e mesmo assim eu acredito nele, ele me ama sim, do jeito dele e do jeito que ele aprendeu que um filho deve ser amado. Eu tenho um pai, não é o pai dos meus sonhos, mas é o meu, é o que eu desejo que todo mundo merecia ter, seja bom seja ruim, mas ter um pai e só. Deus abençoe o meu e todos os pais do mundo hoje e sempre! 

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Ser jornalista ou pensar?

    




    Quando eu fiz a faculdade jornalismo eu sabia que o salário era pouco, que normalmente um jornalista precisa de mais de um emprego pra sobreviver, sabia que não teria final de semana nem feriado, que o meu expediente não encerraria junto com o dos outros e talvez começasse mais cedo, mas o que ninguém me disse é que jornalista não pode pensar. Hã?! Como assim?! Jornalista tem que ser burro? Não, na verdade, para a maior parte das pessoas jornalista tem que ficar em cima do muro, assistir aos maiores absurdos apenas cumprindo o papel de ouvir e escrever ou falar sobre os dois lados da história, sem pensar absolutamente nada e muito menos sem expor a sua própria e exclusiva opinião. 
    Eu tô falando uma grande bobagem?! Não, não estou, acreditem! Estou afirmando isso com conhecimento de causa, depois de pegar o diploma de jornalismo (que não vale mais nada no Brasil) eu passei a ser o jornalismo em pessoa, pelo menos aos olhos dos outros. O que eu falo, o que eu penso, o que eu escrevo, o que eu respiro, o que eu como, o que entra e sai do meu corpo é jornalismo, eu deixei de ser uma cidadã normal que tem uma vida privada. Confesso que foi assustador perceber isso e me fez pensar que talvez eu não tenha nascido pra profissão que eu tanto amo. Tenho muita dificuldade em pensar e não falar (já escrevi isso aqui outras vezes), mas mais do que isso eu tô encontrando MUITA dificuldade em deixar de ser uma pessoa cheia de opinião, que pensa, que acha(mesmo que uma professora da faculdade tenha me ensinado que achar é errado, mas eu continuo achando mesmo sem muita sorte), sou um ser pensante, mesmo que não pareça, e pra um ser assim dói ter que parar de pensar. 
    Dizer que um jornalista não pode se posicionar é como dizer quem um médico não pode sofrer quando perde um ente querido, já que ele precisa aprender a lidar com a morte, na verdade é ridículo. Eu posso fazer jornalismo no jornal aonde eu trabalhar (um dia ainda vou encarar uma redação, é um sonho), na assessoria de imprensa, no rádio, na televisão e até na internet, mas isso não me impede de expor minhas idéias em uma roda de amigos, nas minhas redes sociais pessoais, no meu blog, no meu diário(eu não tenho mais, mas tô pensando seriamente em voltar a escrever e colocar um cadeado pra evitar que meus pensamentos voem por aí e ofendam alguém que seja contrário ao que eu penso), nos meus diálogos comigo mesma (sim eu falo muito sozinha), ou me impede?! Pois é, tenho entendido, ouvido, lido, e estou sendo obrigada a assimilar que as pessoas pensam que eu não posso pensar. Ontem em função de toda essa ladainha mandei meu facebook pro espaço, alguns me julgam muito polêmica e isso tem me dado muita dor de cabeça, tenho apenas twitter, blog, celular, msn e ainda um cérebro, do qual estou com sérias dúvidas se devo me desfazer ou não. Só Deus sabe o quanto dói ter escolhido uma profissão pela maravilha que é ser um formador de opinião e descobrir que eu sou sim formadora de opinião, mas se eu quiser ter emprego e o mínimo de dinheiro tenho que apenas me limitar a transcrever notícias e não pensar nada sobre elas. E assim será, pois eu preciso viver e sobreviver, se é preciso me desfazer do cérebro pra isso, que assim seja. Adeus cérebro querido, quando me aposentar talvez eu te procure de novo no mercado negro e aí o nosso reencontro será emocionante, tenho certeza! 

domingo, 5 de agosto de 2012

Quem vale a pena

    



   



    Parece óbvio, mas não tão fácil assim, devemos escolher e perceber quem realmente vale a pena e por e com esses seguirmos adiante. Quem vibra com as nossas conquistas, quem brilha o olho com a nossa felicidade, quem dá um abraço sincero quando não nos vê há muito tempo, quem liga, manda mensagem, email pra desejar um bom dia, quem curte os nossos bons momentos, quem ama aqueles que nos amam, quem aprende a amar que nos faz felizes, todos esses valem a pena, todos esses devemos ter por perto.
    Bons amigos são cada vez mais raros, e parece que quanto mais a gente cresce menor é o número de pessoas que fazem questão de estar ao nosso lado na boa e na ruim. Quem aguenta as nossas chatices, quem escuta milhões de vezes a mesma história com a mesma paciência como se fosse a primeira vez, quem nos consola pelo mesmo motivo muitas vezes, quem nos incentiva a sacudir a poeira e recomeçar, quem não apenas nos diz vai em frente, mas segue o duro caminho da vida ao nosso lado, todos esses valem a pena, é por eles que temos que continuar. 
    Quem anda muitos quilômetros pra estar ao nosso lado, quem senta com a gente em uma mesa de bar sem olhar pro relógio, quem sabe todos os nossos defeitos e ainda assim é capaz de nos amar. Existem pessoas que valem a pena, podem ser muitas ou poucas, desde que sejam sinceras, desde que não cansem de brilhar o olho por nós, de chorar as nossas lágrimas, de rir com as nossas trapalhadas, de nos abraçar apertado. Tenho ótimos amigos, os quais eu permito que riam de mim, me alegro quando riem comigo e são esses que quero que Deus me permita ter sempre por perto. O tempo passa e me mostra cada vez mais por quem vale a pena viver, comemorar, vibrar, sorrir e até chorar. A gente sabe, a gente sente quem vale a pena, e é por esses que devemos continuar nos superando. Quanto aos outros, que outros?!
     

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Quando mudar é preciso

    






    Desde pequena eu ouço a expressão "morder a língua", muito usada quando a gente fala que não gosta, que não vai fazer, que nunca mais isso, que odeia aquilo e com o passar do tempo acaba indo contra as nossas próprias palavras, e por algum ou muitos motivos passa a gostar do que não gostava, a fazer o que tanto repudiava nos outros e no meio disso tudo surge ou ressurge uma grande amizade com uma ou várias pessoas que eram insuportáveis. Mas a vida é assim e só a maturidade está me trazendo esse entendimento, nem sempre ter razão é tudo e nem sempre a gente tem razão. 
    Sinceramente hoje eu me sinto muito melhor sabendo baixar a cabeça e indo contra o que eu antes achava errado, do que sendo o que eu era antes, me incluía naquele grupo de pessoas que não ser permitem mudar que acham que quem pensa ter sempre razão tem na vida uma riqueza, quando isso não é verdade. A vida, Deus e as pessoas tem me dado muito tapa de luva e me feito baixar a guarda. Muitos se aproveitam e enfiam o dedo na minha cara dizendo: "Ué, quem é que dizia que não gostava disso? Quem é que dizia que não fazia aquilo?" Mas sabe de uma coisa? Quando essas pessoas fazem isso eu penso: "Coitados, ainda tem muito o que aprender na vida." Porque assim como eu aprendi a voltar atrás, a morder a língua, a tentar não usar a palavra "nunca", eu aprendi que as pessoas podem e devem mudar e rever conceitos, porque do contrário do que vale a vida se não é pra nos ensinar e nos mostrar que mudar é preciso?
    Cheguei a conclusão que cada vez que a gente faz uma lista com o título "Coisas que eu nunca..." Deus pega essa mesma lista e altera o título para "Coisas que tu vai fazer..." e assim as coisas acontecem e feliz de quem reconhece que errou, que foi infantil, que falou demais, que precisou mudar porque estava fazendo mal pra si mesmo. Estou feliz e sentindo uma leveza e uma sensação de felicidade, sensação de quem entende perfeitamente Raul Seixas quando cantou: "Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo...!" 

domingo, 29 de julho de 2012

A saudade que nunca vai acabar


 






    Eu escrevi aqui há algum tempo sobre a Natasha, nossa cadelinha de estimação. Cadela? Não, ela era uma pessoa, uma anjinha de quatro patas, integrante da família com nome, sobrenome e tudo mais o que nós tivéssemos era dela também. Mas assim como as pessoas os animais também morrem, e infelizmente na madrugada do dia 15 de julho chegou a hora da nossa Nati partir. Parecia que estávamos preparadas, mas era mentira, nos pegou de surpresa e foi uma dolorosa despedida e um sofrido fim. Não quero reviver nossos últimos momentos aqui, pois quero lembrar dela sempre feliz, saltitante, brincando, nos acompanhando e alegrando as nossas vidas. 
    A nossa casa ficou imensa, nossos corações parecem vazios, nossos olhares ficaram vagos e as lágrimas foram inevitáveis. Que dor, que saudade, que vazio, como entender a separação de corpos? Como nos acostumarmos a não ter quem nos recepcione em casa? Com quem dividir os ossos de galinha? Agora podemos todas viajar ao mesmo tempo? É tudo tão estranho, tão ruim, tão sem graça, parece que falta, parece que sobra, é um sentimento que não tem explicação.
    Pra quem duvida de amizade sincera e despretensiosa basta ter um cão e terá assim um melhor amigo. A Natasha foi nosso amiga do primeiro ao último dia de vida dela, veio aqui pra casa pequena, com 2 meses se bem me lembro, e foi com a gente que ela dividiu todinhos os momentos de vida. Quando pequena destruía tudo o que via pela frente, brincava, pulava, comemorava os gols do Grêmio, fazia festa quando chegávamos e tinha seus próprios brinquedos que a gente atirava pra ela buscar e nos devolver e se não déssemos um basta nessa brincadeira ela só queria fazer isso o dia todo, mas ela foi crescendo envelhecendo e parou de brincar, mas ainda assim não deixava ninguém mexer nos brinquedinhos dela. Ela foi envelhecendo, diminuiu a intensidade da festa quando chegávamos, mas nunca deixou de comemorar nossos reencontros, nos esperava na janela com o olhar atento e assim que colocávamos a chave na porta e entrávamos em casa ela passava a nos acompanhar, nos esperava dentro do banheiro enquanto tomávamos banho, ajudava a estender e recolher roupa, lavar e secar louça, participava ativamente das atividades domésticas. 
    Ela não era uma cadela qualquer, ela era de fato especial, ela falava! Falava? Sim, com os olhos, com o pedacinho de rabo que ela tinha, com o corpo, com a língua, do jeito dela ela falava com a gente. A primeira que fosse deitar ganhava a companhia dela, principalmente quando ela ficou mais velha e começou a ter sono mais cedo, a primeira que acordasse ganhava a companhia dela até a hora de bater a porta e sair pra estudar, trabalhar, passear. Quando uma de nós começava a arrumar malas ela ficava inquieta, andava na volta e exigia explicação, e nós sempre dizíamos quem ia viajar, pra onde e quando voltava. Nos levava e buscava na rodoviária, ela adorava passear lá. Quando deixávamos ela pra tomar banho no pet shop tínhamos que conversar antes explicando que logo logo iríamos buscá-la. Ela sabia tudo sobre nós, nossa rotina, nossos segredos, nossas alegrias e tristezas, nos conhecia mais do que nós mesmas, ela sentia as coisas, tenho certeza que sim! 
    Quem nunca teve um cachorro, quem não gosta deles, quem cria no pátio sem deixar que participem da família talvez não seja capaz de entender a delícia e a dor que é essa relação entre homem/animal, mas eu sinceramente desejo que todo mundo tenha essa experiência. Eu afirmo que a Natasha foi uma das melhores coisas que aconteceram na minha vida. O fim é horrível, a despedida é dolorosa, a saudade dói desesperadamente, mas com certeza os 16 anos de amor, amizade e convivência valeram mais, muito mais. Ela nos ensinou muito sobre amor, perdão, aceitação, e nunca nos pediu nada em troca. Um pote de água, um pouco de comida e o mínimo de atenção é tudo o que um cachorro precisa durante toda a curta passagem pela terra. 
   Eu não sei muito bem pra onde os cachorros vão depois que morrem, mas eu imagino que seja pra algum lugar lindo e cheio de paz, porque é isso o que eles trazem pra vida da gente, muita paz. É lá que ela está, brincando, correndo, e olhando por nós. Na verdade a presença e as lembranças dela sempre serão muito vivas pra nós e temos a certeza que ela sabe disso. É muita saudade, mas foi muito amor, foi muito bom e foi inesquecível. 
    Hoje eu decidi deixar a saudade doer, porque na verdade eu tava tentando ser forte e ainda não havia me permitido sentir muito, mas hoje tá doendo demais e pra me permitir sofrer eu assisti Marley & Eu, quem já viu esse filme sabe exatamente do que eu estou falando, o texto abaixo reproduz muito de tudo o que eu tentei dizer aqui mas acho que não obtive sucesso, então, resumindo: 
‎"Para um cão,você não precisa de carrões,de grandes casas ou roupas de marca. Símbolos de status não significavam nada para ele. Um graveto já está ótimo. Um cachorro não se importa se você é rico ou pobre, inteligente ou idiota, esperto ou burro. Um cão não julga os outros por sua cor, credo ou classe, mas por quem são por dentro. Dê seu coração a ele, e ele lhe dara o dele. É realmente muito simples, mas, mesmo assim, nós humanos, tão mais sábios e sofisticados, sempre tivemos problemas para descobrir o que realmente importa ou não. De quantas pessoas você pode falar isso? Quantas pessoas fazem você se sentir raro, puro e especial? Quantas pessoas fazem você se sentir extraordinário?"

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Aprendendo a ver o outro lado da moeda, das pessoas, da história

    








    Hoje eu tava pensando sobre uma pessoa muito, muito falsa que eu conheço, na verdade acho que é a rainha das falsas, mas enfim, o fato é que eu pensei tudo de ruim sobre ela e ao mesmo tempo pensei: Ok, ela foi ruim pra mim e pra outras pessoas que eu conheço, mas pra alguém no mundo ela deve ser uma boa pessoa. E assim acontece com todo mundo, há quem não me suporte e há quem me ame, ninguém é de todo ruim. A maioria das pessoas idolatram a própria mãe, mas nem isso é unanimidade, há quem não goste da própria mãe, mas nem por isso a mãe em questão não é amada e admirada por outra pessoa ou por ser outra coisa na vida que não mãe. 
    Eu posso ser uma boa amiga pra uns, péssima pra outros, excelente profissional pra uma empresa e péssima profissional pra uma outra. A verdade é que ninguém é de todo bom nem de todo ruim, isso depende de momento, de ponto de vista, de época da vida. Nem o cara que veio ao mundo pra ser símbolo de amor e salvação agradou a todos, tanto que morreu crucificado, e ainda assim há quem nem acredite que Ele existiu. 
    Desconheço alguém que seja ótimo em tudo o que faz. Eu sei que tudo isso é muito óbvio e muita gente já deve ter se dado conta disso há muito tempo, mas pasmem, eu recém parei pra pensar nisso, fico feliz que seja antes tarde do que nunca. Vou repensar antes de formar pré conceitos sobre alguém, porque eu sou a dona de ir atrás do que os outros falam sobre determinada pessoa. Se alguém fez mal pra um amigo meu eu já acho que não é uma boa pessoa e prefiro nem conhecer melhor. Errado, feio e preconceituoso da minha parte. Vai ver o santo dele e do meu amigo não batem, vai ver foi o meu amigo o filho da puta da história e a idiota aqui já sai pensando tudo errado e julgando alguém sem nem conhecer. 
    Ok, eu não quero ser santificada, mas fico feliz em conseguir ser melhor a cada dia, melhor pra uns, pior pra outros, mas eu gosto de perceber um certo amadurecimento em perceber que nem eu nem ninguém somos e nem seremos exemplares seres humanos. Aprendi que quando se trata de pessoas é preciso pagar pra ver, ter as próprias experiências e fazer a seleção natural de que tipo de gente eu quero perto de mim, porque quem não serve pra guardar segredo do meu amigo pode ser que seja um excelente confidente pra mim, mas eu só saberei me permitindo, me arriscando, vivendo. E que graça teria a vida não fossem as segundas chances, a coragem de dar a cara a bater e a ânsia em sentir cada segundo do que nos é permitido?! "Vamos viver tudo o que há pra viver, vamos nos permitir..." sempre!
    

terça-feira, 10 de julho de 2012

Maldita inocência

    






    Não sou uma pessoa perfeita, longe disso, já escrevi aqui sobre alguns dos meus defeitos e ainda tenho outros que renderiam no mínimo mais 100 textos. Mas também preciso saber exaltar as minhas qualidades e eu considero qualidade ser uma pessoa inocente. Sim, sou bocó, abobada, chamem como quiserem, também posso definir como pessoa de bom coração, ou então, ser humano que acredita nos outros, acho que estou em extinção. Ok, não sou aquele tipo: Ó meu Deus, como ela é maravilhosa a ponto de não odiar ninguém. Não vamos exagerar, eu odeio algumas pessoas e tem outras por quem sinto uma forte antipatia, mas acho que não me animaria por exemplo, a matar alguém, nunca senti esse tipo de ódio que deve ser horrível e passível se arrependimento total depois do crime.
    Mas eu acho que dentro de toda a maldade que eu tenho, sim, eu tenho, eu ainda sou muito inocente pra certas coisas. Vamos aos exemplos idiotas, se uma pessoa curte as minhas postagens no facebook, a próxima vez que eu passar por ela na rua vou cumprimentar toda faceira, como se tivéssemos alguma relação, nem que seja virtual, e o que eu recebo em troca na maioria das vezes?! Quando muito uma abertura entre os lábios que deixa escapar um oi e na hora me faz pensar esbravejando: "Eu vou te excluuiiirrr do facebook sua desagraçada." Ok, depois passa a raiva momentânea e eu penso que anormal sou eu em pensar que a pessoa está no meu facebook por simpatizar comigo, ela está ali pra fuçar pô! Em contrapartida tem gente de quem eu adoraria saber mais, mas por não simpatizar com a pessoa não me animo a adicionar, mesmo tendo sido colega de ballet, amiga de infância, ou pode até ser parente, me sinto mal fazendo isso. 
    Tá bom, facebook não é exemplo válido, então, se eu sou amiga de uma pessoa eu serei amiga dela independente de cor, raça, time ou partido político. Eu conheço a pessoa há 10 anos e ela era heterossexual assim como eu, mas há dois anos se descobriu gay, isso não é motivo pra apagar a nossa história de amizade e eu parto do princípio que ela vai me respeitar, eu respeito a mais nova opção dela e ela a minha já antiga e conhecida de todos. Não é assim? Não deveria ser? Eu demorei muito tempo pra aceitar que um homossexual é uma pessoa igualzinha a mim apenas com gosto diferente, é como eu gostar de verde e a minha irmã de roxo, mas enfim, entendi e aceito perfeitamente. Diferença nenhuma deveria enfraquecer amizade, ou será que quando isso acontece o que nunca aconteceu foi a amizade? Pois é, eu tenho ingenuidade o suficiente pra não ficar magoada com amigos colorados, porque sou gremista, com os homo porque sou hetero, com os partidários porque uma experiência ruim me fez pegar asco de política. E a cada dia que passa percebo que sou raridade, diferenças que deveriam unir servem pra separar. 
    Sei lá, tenho me achado inocente por não perceber que perdi alguns amigos pelo caminho, perdi por pensar diferente, por assumir quem sou, por dizer do que não gosto, por ser polêmica (é o que dizem alguns). Pensava eu ter milhões de amigos, mas o tempo e a maturidade vão diminuindo essa conta e deixando ela quase em zero. Tenho vontade de pegar alguns do braço olhar no olho e dizer: "Não gosta mais de mim? Acabou a amizade? Então tá, vamos assumir isso e chega de putaria." Indireta daqui, indireta dali e a gente vai enchendo o saco, superlotando o copo, perdendo o carinho. Queria eu parar de dar indiretas e largar a real, mas e o medo? Sou uma troxa mesmo, sofro por quem não merece, sinto saudade de quem quer a minha cabeça e sou inocente o suficiente pra pensar que é uma fase e vai passar. 
    Idiota eu, que ainda terei que tomar mais mil vezes na cabeça pra aprender que a vida é cheia de maldades e certas pessoas não suportam a diferença e a autenticidade, e essas eu quero que tenham coragem pra me dizer que não me suportam somente pelo fato de eu ser quem sou e não quem elas querem que eu seja. Pronto falei, não gostou? Me exclui do facebook, dá unfollow no twitter e me tira de vez da tua vida. Eu e a minha insistente inocência agradecemos muito. 

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Life: O novo programa da Pop Rock


   A Pop Rock Bagé começa o mês de julho com um novo programa. Life vai ao ar todos os sábados às 09 horas da manhã tratando de temas sobre saúde, nutrição, beleza, estética, atividades físicas e terapias alternativas.
    Life é um projeto do meu colega Rodrigo Ferraz e será executado pela equipe Pop Rock, terei a honra de estar a frente do mais novo "filho" da rádio. É uma maneira de mostrarmos que nos preocupamos com o bem estar dos nossos ouvintes e queremos passar todas as informações necessárias para que todos possam ter uma vida mais saudável. 
    Os primeiros convidados do Life são os professores do Bagé Tênis Clube: Débora Suchy que falará sobre os benefícios da natação para bebês e Cesar Palomeque falando sobre natação e hidroginástica para adultos. É sábado às 09h na Pop Rock Bagé. Pra ouvir sintoniza o teu rádio na 98.1fm ou pelo site www.poprockbage.com.br ! 

segunda-feira, 2 de julho de 2012

A nada nobre arte de querer mudar o outro


    Começar uma relação pensando: "O(a) fulano(a) vai mudar!" Ou então: "Ele(a) já disse que não gosta de determinada coisa em mim, mas eu vou mudar, com o tempo eu consigo!" é um erro imenso. Quem nos ama deve amar como somos. Hã?! Existe alguém que me ama assim?! Exatamente assim?! Teimosa, chata, cheia de razão?! A verdade é que a pessoa em questão pode não suportar a tua chatice, mas se ela te ama ou pelo menos tem a intenção de vir a te amar algum dia ela aceita e ponto. Defeitos?! Todo mundo tem, mas também temos qualidades, e essas devem compensar sempre. 
    Penso que todo o namoro, rolo, enrosco, no início deve ser um mar de rosas, se não for assim, imagina um ano depois?! Nós escolhemos quem estará ao nosso lado, temos essa liberdade, escolhemos amigos, namorado, marido, enfim, exceto a família, nos é dada a total liberdade de definirmos que tipo de pessoas servem ou não para fazerem parte da nossa vida. Assim sendo, a gente vai escolher justamente quem insiste em apontar as nossas imperfeições?! 
    Sendo bem e muito sincera eu estou começando a achar que a errada sou eu. Já tive namorados de todos os tipos e um deles em especial em causou um trauma eterno: o possessivo excessivo. Também já tive e tenho amigas assim, e confesso que tenho medo. Esse tipo de gente acha que pode se apoderar dos outros, influenciar, ensinar, e principalmente mudar as pessoas. Não que eu não esteja apta pra mudanças, estou sim, sempre, até porque sou uma eterna metamorfose ambulante e mudar é necessário. Mas eu mudo porque quero, sinto necessidade ou preciso, não é alguém me apontando o dedo na cara ou gritando que vai fazer com que eu me dê conta que os meus defeitos incomodam. Tá incomodado comigo?! Conversa, manda email, sms , me liga, mas não vem querer arrombar a porta da minha privacidade com um pontapé e achar que pode bagunçar geral e me dizer quem eu devo ser. 
    Mas como eu ia dizendo que penso que sou errada, não sei se a carência das pessoas é que encontra-se em nível elevado, mas o fato é que eu tenho visto muita gente se atirando de cabeça em relacionamentos que exigem mudanças. Estou assistindo de camarote (infelizmente) pessoas que eu amo muito abandonarem família, amigos, passarem a se vestir mal, e alegar que é por amor. 
    Desculpem meus queridos amigos, mas como eu sempre digo o amor é leve, solto, e deve fazer feliz. Amor de verdade é aquele que liberta, que permite que a gente vá além dos nossos limites, que nos faz descobrir um novo mundo cor de rosa, laranja, roxo, pode ser da cor que quisermos, mas é colorido. O amor nos faz mudar, isso é fato, mas nesse caso a mudança é leve, sem preocupação, sem forçar a barra, a gente muda pra ser melhor  pro outro, a gente muda pra ser melhor pra gente, a gente muda porque vai ser melhor pros dois. Se o amor não faz feliz pergunte-se o que está fazendo ali, procure a saída mais próxima e corra sem medo do novo e do desconhecido. Ser feliz é obrigação e cabe a cada um de nós e mais ninguém! Que saibamos ser felizes sempre! 

domingo, 24 de junho de 2012

Quando calar é morrer um pouco

    



    Eu tenho um defeito declarado que não tem quem não perceba: sou MUITO sincera e falo demais. Eu costumo dizer que nasci sem filtro entre o cérebro e a boca, penso e logo falo, e muitas vezes falo mais rápido do que penso. Nem sempre eu fui assim, e nem sei quando passei a ser, o fato é que eu sou. Defeito? Sim, estou percebendo que sinceridade é um grave defeito, pelo menos a minha, que é em excesso, entrei demais na fila de distribuição de sinceridade e deu do que deu. Eu saio por aí falando o que penso, cuspindo o que penso na cara das pessoas, doa a quem doer. Me gabar disso? Já devo ter feito isso alguma vez na vida, mas tô percebendo que não é muito legal ser assim. 
    Estou começando a entender que nem sempre a minha opinião é importante, e mais ainda, nem sempre as pessoas querem ouvir a verdade. Juro que estou tentando me conscientizar disso, e consciente eu já estou, agora preciso treinar esse time entre cérebro e boca. Pensar e guardar, anotar, rascunhar, mas não falar, ou melhor, nem sempre falar. O fato é que tem horas que calar dói, calar mata aos poucos. 
    Antigamente quando eu via uma amiga em um namoro complicado eu ia logo falando o que eu achava, resumo? Ficava eu mal na história e ela cada vez melhor com o namorado, até que um dia abria os olhos e via que talvez em alguma parte do que eu falei eu tivesse razão. Mas a maturidade me trouxe a sabedoria de que em namoro dos outros a gente não se mete. Só que dói muito ver as pessoas que a gente ama sendo mudadas pra pior, abrindo mão de escolhas, de pessoas, da vida pra viver um amor vazio. Sim, porque quem ama não quer mudar ninguém, quem ama nos aceita como somos, aprende a admirar o que gostamos e respeita as diferenças. A pessoa que começa uma história se rendendo as vontade do outro está sendo manipulada e não amada. Ops, desculpem, cá estou novamente com a minha sinceridade descabida. 
    A verdade é que eu sei que tem horas que a minha sinceridade não cabe, assim sendo, estou tentando maneirar, tentando calar, pensar, medir e saber a hora de falar. Não é fácil, não é nada fácil, mas como a gente passa a vida inteira tentando ser uma pessoa melhor, acho que ainda tenho tempo e posso conseguir, neh?! O filtro entre o cérebro e a boca não pode ser comprado com dinheiro, deve ser adquirido com a maturidade, com pancadas da vida, com a dureza do sofrimento. Tem horas que calar é morrer e matar um pouco, mas é necessário. Não há sofrimento maior do que ver quem a gente ama fazendo uma burrada e não poder fazer nada, mas até isso serve pra ensinar, ensinar que o amor machuca, faz sofrer mas também faz crescer. Que Deus cuide de quem eu não estou podendo cuidar, que Ele sopre as palavras que eu não posso falar. Assim seja sempre!

quarta-feira, 20 de junho de 2012

É da amizade que eu quero falar


                                                  Meus bons amigos - Barão Vermelho


   Sempre que ouço falar de amizade eu penso que sou privilegiada, pois em seguida que eu nasci, mais exatamente quando eu tinha 1 ano e 4 meses nasceu meu primeiro primo por parte de mãe, o Marcelo, que com o passar do tempo se tornou meu grande amigo. O fato dele ser menino e eu menina nunca nos impediu de brincarmos por horas juntos, fosse de brinquedos de meninas ou de meninos, e assim fomos crescendo felizes e companheiros. Hoje ele mora longe, mas ainda assim considero ele um grande amigo. 
   Quando eu tinha 6 anos e fui pra primeira série simpatizei com uma ruivinha da minha aula, não lembro bem como foi a nossa aproximação, mas dali surgiria uma grande amizade. Difícil era o final-de-semana que eu e a Raquel não estávamos juntas, não nos desgrudávamos pra nada. Brigamos uma vez, se não me engano na 7ª série, ficamos 7 meses sem nos falarmos e confesso que foi horrível, mas a amizade provou que era forte e tudo seguia como antes. Enfrentamos juntas o início da adolescência, nossos primeiros namorados eram amigos, e juntas íamos desbravando as doçuras e mistérios da vida, da amizade e do amor. Nunca me esqueço o dia em que ela me contou que achava que estava grávida. Eu lembro que tive uma reação idiota e infantil e não agi como deveria agir uma amiga de verdade. Por muitos anos eu me puni por isso, mas hoje eu até me perdoo porque não dá pra exigir muito de uma criatura com 16 anos. 
   Por sorte toda a maturidade que eu não tive ela teve, decidiu levar a gravidez adiante e amadureceu muito rápido, assim como a vida estava exigindo que ela fizesse. Acabamos nos afastando por cerca de 8 anos, e eu senti muito a falta da nossa amizade e até me culpei muito pelo nosso afastamento. Mas eu penso que Deus tem um plano pra nós, e quando eu cheguei em casa e a minha mãe disse que a Raquel tinha deixado o convite de formatura dela eu logo pensei: "É, eu também sou importante na vida dela!" Quando eu me formei, 1 ano depois dela obviamente também fui levar o meu convite de formatura e assim foi o começo da nossa reaproximação. Hoje, ela é uma advogada, que tenho certeza, terá muito sucesso na vida e na profissão e tem um lindo filho chamado Bernardo que completou 10 anos ontem. 
   Nada na vida da gente é por acaso, se existem outras vidas, tenho certeza que é de lá que vem a nossa relação. Graças a Deus e ao fato de eu ter enfim virado uma mulher madura nós somos hoje novamente grandes amigas e parceiras. Saímos pra festa, choramos uma no ombro da outra, desabafamos, dividimos segredos, relembramos coisas boas e ruins e eu a admiro imensamente muito. Se um dia eu for mãe eu vou pedir o manual dela, pois ela soube amar e educar o Bê como poucas. Ele é um menino lindo, educado, amável e mimoso que só. Hoje, ao invés de perder tempo me punindo pelo nosso afastamento eu tento aproveitar cada segundo ao lado deles. 
   Posso me considerar uma pessoa de sorte pois tenho grandes amigos que o tempo e a distância não são capazes de separar, amigos com quem eu posso passar anos sem falar mas que eu sei que posso contar. Ano passado uma outra amiga de infância me brindou com o convite para ser madrinha da filha dela. Eu, que tinha o recalque de não ter afilhados fui presenteada com uma linda menina, a Valquíria, e mesmo elas morando longe eu tento ser uma boa dinda e retribuir a boa amiga que a mãe dela sempre foi pra mim. Aliás, eu e a Lila, mãe da Val, também ficamos anos sem nos falarmos, mas mais uma vez tive a prova que verdadeiras amizades superam pequenas diferenças. 
   Agora me diz se eu posso reclamar da vida? Tenho ótimos amigos, algumas amigas que já são excelentes mães, outras que são ótimas tias, tem os distantes, os mais próximos, os que me odeiam por alguns momentos, mas todos nós sabemos nos respeitar e superarmos as diferenças. Já escrevi aqui sobre a Cúpula Feminina e o quanto ela está eternizada no meu coração e na minha memória. Amigos de infância, adolescência, faculdade, trabalho, gremistas, colorados, católicos, espíritas, de esquerda, de direita, todos com as diferenças e semelhanças, mas cada um com suas peculiaridades e algo em comum: o amor que eu eternamente sentirei por eles. Com toda a minha chatice eu ainda tenho amigos, só posso agradecer a Deus e a cada um de vocês por isso! 

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Bagé no clima do Charlie Brown


Fotos retiradas do site oficial da banda: http://charliebrownjr.uol.com.br/blog/charlie-brown-jr-em-bage-rs/

  


      Na última sexta-feira (15/06) a banda Charlie Brown Jr., banda de rock que mistura vários ritmos como o hardcore, o reggae, o rap, o skate punk, sacudiu o palco do Ginásio Militão, fazendo com que todo o público que estava lá vibrasse no mesmo ritmo. O show começou com atraso de cerca de 2 horas, mas assim que Chorão, Thiago, Marcão, Champignon, e Graveto pisaram no palco o atraso deixou de ser problema.    
   Os músicos apresentaram a turnê "Música Popular Caiçara" disco reunindo algumas das melhores músicas da banda com a intensidade e a pegada da gravação ao vivo, clássicos como Proibida pra mim, Tudo o que ela gosta de escutar , Descubra o que há de errado com você, Não é sério, além da a versão oficial de estúdio da música Céu Azul, que já havia chegado ao público através da web e das rádios e conquistado a audiência. 
    O público vibrou e participou ativamente do show, Chorão interagiu o tempo inteiro com a galera que pulou, bateu palmas, gritou. O vocalista falou sobre política, tema muito cantado pelo Charlie Brown, sobre a importância de valorizar os pais, referindo-se a experiência pessoal de ter pedido o pai, inclusive muitas músicas são dedicadas a ele, e contou que não guarda mágoas dos integrantes que deixaram a banda em 2005, quando ele foi obrigado a recomeçar praticamente do zero. A verdade é que todas as músicas do grupo passam mensagens legais sobre lutar pelos ideais, recomeçar, amar quem nos ama, entre outros temas relevantes para os jovens e a sociedade. E acima de tudo, claro, Chorão levanta a bandeira do skate, esporte que pratica e incentiva os jovens a praticarem. 
   É muito bom ver Bagé recebendo grandes shows nacionais de rock, é bom ver o público prestigiando e saber que a cidade não vive só de pagode. Dessa vez quem assinou o evento foi a La Gitana, que comemora 10 anos em 2012. 
   Eu confesso que esperei mais do Charlie Brown, penso que faltaram muitos clássicos, mas quer saber? Eu não reclamo, só em ver um show desse nível na minha cidade eu só tenho a agradecer. Espero que os empresários locais não desistam, e sigam nos brindando com grandes bandas, sugiro Jota Quest, Skank, Nando Reis, Maria Gadú, e por aí a fora, assim seja. Mais fotos podem ser vistas no site da banda em http://charliebrownjr.uol.com.br/blog/charlie-brown-jr-em-bage-rs/