segunda-feira, 2 de julho de 2012

A nada nobre arte de querer mudar o outro


    Começar uma relação pensando: "O(a) fulano(a) vai mudar!" Ou então: "Ele(a) já disse que não gosta de determinada coisa em mim, mas eu vou mudar, com o tempo eu consigo!" é um erro imenso. Quem nos ama deve amar como somos. Hã?! Existe alguém que me ama assim?! Exatamente assim?! Teimosa, chata, cheia de razão?! A verdade é que a pessoa em questão pode não suportar a tua chatice, mas se ela te ama ou pelo menos tem a intenção de vir a te amar algum dia ela aceita e ponto. Defeitos?! Todo mundo tem, mas também temos qualidades, e essas devem compensar sempre. 
    Penso que todo o namoro, rolo, enrosco, no início deve ser um mar de rosas, se não for assim, imagina um ano depois?! Nós escolhemos quem estará ao nosso lado, temos essa liberdade, escolhemos amigos, namorado, marido, enfim, exceto a família, nos é dada a total liberdade de definirmos que tipo de pessoas servem ou não para fazerem parte da nossa vida. Assim sendo, a gente vai escolher justamente quem insiste em apontar as nossas imperfeições?! 
    Sendo bem e muito sincera eu estou começando a achar que a errada sou eu. Já tive namorados de todos os tipos e um deles em especial em causou um trauma eterno: o possessivo excessivo. Também já tive e tenho amigas assim, e confesso que tenho medo. Esse tipo de gente acha que pode se apoderar dos outros, influenciar, ensinar, e principalmente mudar as pessoas. Não que eu não esteja apta pra mudanças, estou sim, sempre, até porque sou uma eterna metamorfose ambulante e mudar é necessário. Mas eu mudo porque quero, sinto necessidade ou preciso, não é alguém me apontando o dedo na cara ou gritando que vai fazer com que eu me dê conta que os meus defeitos incomodam. Tá incomodado comigo?! Conversa, manda email, sms , me liga, mas não vem querer arrombar a porta da minha privacidade com um pontapé e achar que pode bagunçar geral e me dizer quem eu devo ser. 
    Mas como eu ia dizendo que penso que sou errada, não sei se a carência das pessoas é que encontra-se em nível elevado, mas o fato é que eu tenho visto muita gente se atirando de cabeça em relacionamentos que exigem mudanças. Estou assistindo de camarote (infelizmente) pessoas que eu amo muito abandonarem família, amigos, passarem a se vestir mal, e alegar que é por amor. 
    Desculpem meus queridos amigos, mas como eu sempre digo o amor é leve, solto, e deve fazer feliz. Amor de verdade é aquele que liberta, que permite que a gente vá além dos nossos limites, que nos faz descobrir um novo mundo cor de rosa, laranja, roxo, pode ser da cor que quisermos, mas é colorido. O amor nos faz mudar, isso é fato, mas nesse caso a mudança é leve, sem preocupação, sem forçar a barra, a gente muda pra ser melhor  pro outro, a gente muda pra ser melhor pra gente, a gente muda porque vai ser melhor pros dois. Se o amor não faz feliz pergunte-se o que está fazendo ali, procure a saída mais próxima e corra sem medo do novo e do desconhecido. Ser feliz é obrigação e cabe a cada um de nós e mais ninguém! Que saibamos ser felizes sempre! 

Nenhum comentário: