domingo, 22 de abril de 2012

A lamentável arte de "dar o tapa e esconder a mão"

Pensei muito antes de escrever esse post, porque ele é exatamente sobre pessoas pobres de espírito e com uma imensa falta de caráter. Valeria a pena dedicar um texto inteiro a elas? Talvez não, neh?! Mas é preciso desabafar de alguma maneira, e ao ler esse trecho da Clarissa Corrêa me senti inspirada e preparada: "Mas descobri que não preciso brigar, falar o que penso, enfiar o dedo na cara, desejar o seu mal ou falar o quanto você é uma cretina para todo mundo. Vou deixar a vida te ensinar. O que quero é que você vá para bem longe com sua felicidade falsa, seu coração vagabundo e sua inveja fantasiada de anjo." Quem me conhece sabe que eu sou o tipo da pessoa autêntica ao extremo, talvez até mais do que deveria, falar a verdade pra mim é algo tão natural que às vezes eu perco o controle e acabo fazendo isso até quando não é a melhor pedida. Eu faço, fiz e ainda farei mil coisas erradas na minha vida, costumo agir de uma maneira torta, mas eu sempre assumo meus erros. Ok, às vezes até custo um pouco, afinal, tenho orgulho como todo mundo, mas pode passar 1 mês, 3 anos ou 10 e eu acabo assumindo que errei. Muitas vezes erro feio e com isso acabo ferindo os sentimentos de pessoas que me amam e algumas em função disso até deixaram de me amar, mas enfim, eu erro, neh?! Sou imperfeita ao extremo na arte de lidar com o ser humano, prefiro deixar a minha porcentagem de perfeição pro meu trabalho, e ainda assim eu acabo errando. Vamos combinar, neh?! Perfeito foi Jesus Cristo, nós, meros mortais erramos todos os dias, várias vezes ao dia. Mas a questão aqui é saber assumir os erros. Eu tenho um primo que quando eu era criança e nós brincávamos juntos ele me dava um tapa e chorava, dizendo que eu quem tinha batido nele, e eu acabava levando a culpa, já que ele era mais novo. E a minha mãe nomeia essa atitude como "dar o tapa e esconder a mão". Quando eu era criança não via tanta maldade na situação, mas hoje, eu vejo tanta gente por aí agindo assim e lamento tanto. Eu acho normal errar, se arrepender, ter vontade de voltar atrás, o anormal é não ter coragem suficiente pra assumir os erros. Eu sempre digo que muita coisa que eu fiz na vida eu não me arrependo em ter feito, mas me arrependo da maneira como eu fiz. Tivesse sido eu mais madura e inteligente muitas vezes teria poupado as pessoas de certos sofrimentos. Bom, mas agora tá feito, então, bola pra frente, seguimos nós vivendo a vida e buscando errar menos. Mas tem gente que simplesmente não assume o arrependimento, daí fica tendo atitudes pequenas, irritando com palavras, implicando com risadas altas e com tom de deboche, mostrando que tá ali a base se empurrões. Fica difícil não ceder a certas implicâncias, daí lá vou eu, que aliás, tenho um pavio curtíssimo responder pra quem não merece. O que acontece? A pessoa fingi que não fez nada do que fez e se coloca de vítima na situação. Ai daí sim, neh?! Pra mim na boa, acabou tudo, perdeu toda a graça. Detesto gente que se coloca de vítima em uma situação que ela mesma criou, gente que como diz a minha mãe dá o tapa e esconde a mão. E essas pessoas jamais terão o meu respeito (acho que nem querem mesmo). Não suporto "nhenhenhe" gente que implica e quando apanha corre pro colo da mãe. Gente que machuca e depois acha que o mundo é que conspira contra a sua felicidade. Tá bom, eu sei, essas pessoas não mereciam nem uma frase, mas o desabafo se fazia necessário. Comecei com Clarissa Corrêa e é com ela que eu encerro: ‎"Eu sou legal com quem é legal. Sem ponto e vírgula, sem espaço, sem "mas". É bem simples."