Na nossa grande noite de formatura(será devidamente detalhada aqui em outra oportunidade) eu e meu colega Lucas Dias (Caçapa) tivemos a honra de representar a turma de Jornalismo II/2010 como oradores, segue abaixo o discurso que aliás deu muito o que falar e rendeu muitos elogios:
Magnífica Reitora da Universidade da Região da Campanha Sra. Lia Quintana e demais componentes da mesa, caros pais, familiares, amigos e demais convidados, queridos colegas: Boa noite!
Enfim chegou o grande e esperado dia. Depois de 4 anos pra alguns, 5, 6 ou 7 pra outros, cá estamos com o tão sonhado diploma de jornalistas em mãos, independente do tempo que essa conquista teve para cada um, ela não perdeu o sabor.
Muitos dizem que a época de faculdade é especial, diferente e inesquecível. Pois ousamos dizer que para nós que cursamos Comunicação Social na Urcamp é ainda mais diferente e especial. Pois durante todo o tempo de faculdade convivemos em um pequeno e aconchegante prédio que foi construído e adaptado especialmente para o funcionamento do nosso curso. A Facos passa a ser a nossa segunda casa, o lugar aonde passamos pelo menos cinco das sete noites que tem uma semana. E desde que lá chegamos já fomos recepcionados pelo iluminado e receptivo sorriso da Lucinha, que por muitos momentos acabou sendo a nossa segunda mãe, ouvindo nossos problemas e na maioria das vezes ajudando a resolvê-los com a maior disponibilidade possível. E como esquecer as primeiras aulas? Cada um no seu canto sem saber muito bem o que vamos encontrar ali, se fizemos a escolha certa, milhões de dúvidas pairam sobre nossas cabeças ainda perdidas com tantas novidades.
Aqueles bancos dos corredores passaram a guardar segredos, confidências, xingamentos, e muitas vezes foram molhados por lágrimas, muitas de alegria, algumas de tristeza, e outras ainda de raiva.
E como não comentar os vizinhos que passamos a ter?! Ao lado um boteco fedorento que vive cheio de pessoas com o nivel etílico elevado, mas aonde nós sempre pudemos freqüentar com tranqüilidade pois o dono do boteco exigia respeito dos freqüentadores com os alunos da faculdade, e aí de quem desrespeitasse a regra básica daquele lugar. Mas a verdade é que na nossa segunda casa é impossível não estreitar os laços de afinidade, pois convivemos por muito tempo em um lugar pequeno, aonde, passamos a ter com os colegas relação de irmãos. Exatamente de irmãos. Porque conseguimos em determinados momentos irmos do amor ao ódio em poucos segundos, brigamos, batemos boca, discordamos, mas em seguida tudo volta ao normal porque sabemos que dependemos uns dos outros e no final, estávamos em busca de um mesmo objetivo e enfrentando os mesmos problemas.
Talvez por ficar em um prédio separado e escondido, o nosso curso nunca foi muito lembrado e nunca teve muito investimento. Quantas vezes nos deparamos com a falta de material?! E era o material básico, além de básico, muitas vezes faltavam lâmpadas no estúdio de tele. Faltava cinegrafista, fita, câmera, ilha de edição, computadores e pasmem, cadeiras! E lá íamos nós assinar infinitos pedidos de material para que a reitoria da universidade lembrasse do nosso curso. Perdemos as contas de quantas assinaturas demos em abaixo-assinados, quantos protestos tentamos fazer e quantas promessas ouvimos. Podemos dizer que somos sobreviventes pois sempre acabamos dando um jeitinho de driblar a falta de estrutura. Muitas vezes além da cara mensalidade pagamos do nosso próprio bolso para alguém gravar e editar os nossos trabalhos. Mas tudo bem, isso acabou nos dando força e nos ensinando muito também. Mas temos um pedido especial a fazê-la Reitora Lia: Olhe mais pelo curso de Comunicação Social da Universidade. Bons profissionais estão saindo da Facos e poderiam sair mais bem preparados ainda se tivessem um pouco mais de atenção da reitoria da Universidade. Nós estamos saindo, mas muitos colegas ficam, e para esses nós desejamos que tenha uma estrutura decente, e um investimento bom. Queremos ainda ouvir falar muito bem da Universidade e do curso que estamos saindo e para onde quem sabe um dia podemos voltar como Mestres?!
Mas mesmo com todas essas experiências e a convivência que a Facos proporciona essa turma acabou se formando e se solidificando no início do ano passado e o momento crítico da faculdade acabou nos unindo: a maioria de nós estava fazendo o temido Trabalho de Conclusão de Curso. A temida monografia, que tirou nosso tempo, nosso sono, nossa paciência, nossos fins de semana, nossos feriados, nossas refeições bem feitas, nossa vida social, nossas noites bem-dormidas, nossa diversão. E que o digam os nossos orientadores neh Glauber, Maria Tereza, Cris e Orlando?! Mas no final de tudo descobrimos que existe vida pós monografia e descobrimos que tudo valeu a pena, e aí foi só comemoração. Mas os que ainda não tinham passado por isso deixaram para fazê-lo no último e também temido semestre. O semestre dos projetos. Meu Deus quanta bateção de boca, quanto stress, quantas decisões, mas quantos momentos bons vividos durante a execução dos 4 projetos. Fomos desafiados a fazer um site, uma revista, um programa de rádio e um de televisão. Era chegada a hora de mostrar a que viemos e de honrar esse diploma que recebemos hoje, mostrar tudo o que aprendemos durante a faculdade, digamos que é a nossa prova de fogo, é tudo ou nada.
Precisávamos nos fazer valer da força da imagem da TV, com a imponência do impresso, com a agilidade do rádio e com o alcance da web. E assim que foi. Podemos ousar dizer que a execução dos projetos é a hora de mostrar o tipo de profissionais que somos, e isso ficou realmente muito claro. E foi exatamente ali, na execução dos projetos que tivemos a certeza do quanto amamos a nossa profissão e do quanto podemos nos orgulhar desse diploma.
A oportunidade de convivermos com quatro tipos diferentes de meios de comunicação nos deu também a chance de termos a certeza sobre que rumo tomar após a formatura.
Não podemos deixar de registrar alguns momentos importantes desses projetos: as manhãs, tardes e noites divertidas na Rádio Rural, aonde pudemos fazer a cobertura completa da Expofeira com total atenção e dicas preciosas do nosso Mestre e grande parceiro Glauber Pereira.
As brigas em função das difíceis definições da Alphorria sempre com o acompanhamento e o pulso forte da Dra. que com o passar das aulas se tornou também uma grande amiga Maria Tereza. E não podemos deixar de salientar os não menos importantes projetos de internet e TV, com certeza não foram os nossos preferidos, mas, enfim, conseguimos nos virar numa boa e apesar das dificuldades passamos por todas as bancas com louvor e muitos elogios dos avaliadores. Junto com tudo isso ainda tivemos que nos preocupar com os projetos de estágio, mas ,enfim, estamos aqui hoje e não é em vão, com certeza não é.
Quantas vezes baixamos a cabeça no meio do caminho? Principalmente em um momento crucial que vivemos durante a faculdade, porque não bastasse tudo que enfrentamos ainda tivemos que nos deparar com uma das piores noticias dos últimos tempos pelo menos pra nós, futuros jornalistas, no dia 17 de junho de 2009:
Por 8 a 1 STF derruba exigência de diploma para jornalistas! Pois é, Gilmar Mendes e sua corja resolveram que o jornalismo é uma profissão diferenciada, que tem vinculação com o exercício amplo das liberdades de expressão e de informação. Queríamos nós que ele e o resto do mundo entendessem o que é o jornalismo. Jornalismo é o compromisso com a verdade, ser jornalista é ser ético, imparcial, é cuidar de maneira especial dos problemas da sociedade. E como definiu Cláudio Abramo "O jornalismo é, antes de tudo e sobretudo, a prática diária da inteligência e o exercício cotidiano do caráter." E é por tudo isso e pelo amor que temos a essa profissão é que a luta continua e nós estaremos sempre inseridos no meio das batalhas em busca da devolução da dignidade aos profissionais do jornalismo.
Qualquer um pode ser jornalista? Com certeza não. E depois desses anos de tanto estudo e dedicação nós temos ainda mais certeza disso e é para provar a importância de se ter um diploma que nós seguiremos firmes e imponentes nessa guerra contra pessoas que por total desconhecimento das maravilhas e dores da nossa profissão nos tiraram o que temos de mais valioso, a validade do nosso diploma. Mas não desistiremos, até mesmo porque nunca foi fácil, mas quem disse que seria? E são as dificuldades que tornam a vida ainda mais maravilhosa de se viver. É vencer as dificuldades que nos impulsiona para irmos sempre adiante em busca dos nossos sonhos.
Mas não foi sozinhos que chegamos até aqui. Não podemos deixar de agradecer ao grande criador do universo, ao Pai Celestial e nosso eterno companheiro. Á Deus o nosso muito obrigado, por estar sempre presente na nossa caminhada, amparando nos momentos difíceis e abençoando as nossas vitórias. Quantas vezes deixamos para estudar na última hora pra uma prova e imploramos que Deus nos desse luz, nos ajudasse? E não é que Ele nunca faltou?! Talvez durante a monografia Ele tenha olhado pra baixo em alguns momentos e dito: -Pô, de novo?! Mas quantas vezes também esquecemos de agradecê-lo?! E por todas as vezes que Ele esteve conosco nos guiando, dirigindo e amparando sempre pelo melhor caminho o nosso Muito obrigado por iluminar sempre esses, agora, jornalistas com diploma.
Para aqueles que nos pegam no colo desde o nosso primeiro minuto de vida, que tiveram que aprender na marra a nos conhecer e adivinhar exatamente o que queríamos, que nos pegaram pela mão para darmos os nossos primeiros passos e que a partir daí também tiveram que escolher os melhores caminhos pra nos guiar e torcer para que futuramente soubéssemos fazer as nossas próprias escolhas da maneira mais acertada. Nos levaram no primeiro dia de aula e muitos ainda tiveram que esperar que parássemos de chorar e tivéssemos maturidade para entender que aquela separação temporária era necessária para nós e para vocês também. E com o passar dos anos entendemos que a educação é a única herança que vocês vão nos deixar e ninguém será capaz de nos tirar.
O grande Renato Russo cantou a relação entre pais e filhos, e uma parte dessa música cabe perfeitamente nesse momento: “Você me diz que seus pais não entendem mas você não entende seus pais. Você culpa seus pais por tudo E isso é absurdo São crianças como você. O que você vai ser Quando você crescer?” Quantas vezes culpamos vocês por tudo? E não fomos capazes de entender que vocês sempre quiseram o nosso melhor? E quantas vezes vocês fizeram planos pra nós? Pensaram que poderíamos ser advogados, engenheiros, médicos, mas jornalistas?! Talvez isso nem tenha feito parte dos planos de vocês.
Mas hoje depois da escolha feita e do sonho concretizado nós pedimos: Orgulhem-se de nós! Pois honraremos cada dificuldade que passaram por nós e lutaremos para sermos os melhores profissionais que pudermos e tudo isso para que vocês sintam muito orgulho dos filhos que tem. Esperamos sempre poder contar com o colo, com o carinho, com o conforto da casa de vocês que será sempre para nós sem dúvidas o nosso porto seguro. Amamos vocês mais do que imaginam e dividimos com vocês cada lágrima e cada sorriso dessa conquista que é tão de vocês quanto nossa! Hoje, apesar de pensarmos saber bastante, não aprendemos ainda algo que seja suficiente e possa substituir o simples muito obrigado.
Aos pais e parentes ausentes fica a nossa saudade e o sentimento de estarem conosco além da distância física. O amor que nos une é infinito e em um dia especial como hoje temos a certeza de estarem conosco comemorando essa vitória.
Aos demais familiares, avós, irmãos, tios, primos e filhos:
O nosso muito obrigado por terem sido também a nossa base. Por terem apoiado as nossas decisões. E mesmo aos que não apoiaram, obrigado, pois com certeza nos ajudaram a seguir em frente para mostrarmos que somos capazes de ir além do que nós e todos podem imaginar. Mesmo assim o nosso muito obrigado pelo apoio nos piores momentos e por terem nos incentivado e entendido a nossa ausência que se fez necessária devido aos trabalhos provas e principalmente nos finais de semestre, quando pássamos a ser presenças raras na vida de vocês. Obrigado por terem entendido e nos perdoado! Indiferente da presença o nosso amor por vocês sempre foi e sempre será o mesmo.
Aos namorados, namoradas, noivos, noivas, maridos, esposas
Como já diria o saudoso Tom Jobim Fundamental é mesmo o amor. É impossivel ser feliz sozinho. E para abrilhantar a nossa vida e trazer a nossa felicidade tivemos a grata surpresa de encontrarmos o amor no meio do caminho. Vocês vieram para alegrar as nossas vidas, dar mais sabor e mais cor ao nosso dia-a-dia e nos ajudar a transpor as barreiras que pareciam totalmente intransponíveis. As alegrias de hoje também são de vocês, pois o vosso amor, carinho e estímulo, foram as armas desta vitória. Desculpem-nos a ausência que muitas vezes se fez necessária. Desculpem o stress que muitas vezes acabou sendo descontado em vocês, principalmente nos finais de semestre e durante a monografia.
As homenagens deste dia se estendem também a vocês, sempre presentes com um sorriso amigo e apoio nas horas difíceis. Dividimos com vocês a alegria dessa conquista e o desejo de que o nosso amor possa dividir e presenciar muitas outras alegrias que a vida venha a nos proporcionar.
Aos nossos queridos e amados Mestres:
A todos vocês que sempre buscaram nos ensinar além do que os livros mostravam, que dividiram conosco a vivência de anos como jornalistas, e que nunca nos viram como como futuros concorrentes. Nunca foram mesquinhos, nunca nos negaram auxílio e sempre fizeram o possível e o impossível para que saíssemos da universidade profissionais preparados para cumprir o nosso papel da sociedade.
Levaremos para sempre na memória as empolgantes aulas do Glauber principalmente quando ele no auge da empolgação nos olhava e dizia: “Percebem?” Vocês conseguem entender o que eu estou falando? E chegava a brilhar o olho nas aulas de Planejamento Gráfico explicando a melhor e mais adequada forma para que pudéssemos fazer um jornal de qualidade. E que sempre nos disse que estava nos preparando não para ficarmos em Bagé e trabalharmos em um lugar qualquer, mas para irmos para grandes centros e sermos grandes profissionais do jornalismo.
Não esqueceremos jamais as explicações delicadas e minuciosas da Cris que esteve sempre disposta a esclarecer as nossas dúvidas e com a maior paciência do mundo nunca nos negou atendimento mesmo que fora do horário de aula. E quantas vezes nossos olhos brilharam quando ela contava as maravilhosas viagens que já teve a experiência de fazer. Aliás, nossa tristeza foi quando soubemos que talvez ela nos deixasse no final desse ano, apesar da alegria em sabermos que para ela a mudança seria sinal de crescimento, ficamos com pena por saber que o nosso curso perderia uma grande Mestre que honra a cada minuto de aula e de convivência esse título.
E como não citar o Orlando? Sempre reclamando de alguma coisa, sempre nos contrariando, batendo boca por horas, mas no final sempre cedia aos nossos pedidos. E por coincidência ou não, umas das cadeiras mais temidas na faculdade são ministradas pelo nosso querido coordenador do curso. Como Teoria da Comunicação e Jornalismo Comparado. Mas sobrevivemos e levaremos para o resto da nossa vida profissional as valiosas dicas e ensinamentos desse ranzinza mas querido Mestre.
E a nossa querida Maria Tereza? A professora de pulso firme e exigente apaixonada pelos Beatles. Sempre bolando aulas diferentes e nos mostrando que nós podemos ir bem mais longe do que pensamos. Além de professora, passou a ser uma grande amiga sempre administrando como louvor os problemas que apareciam dentro e fora da sala de aula. Sempre preocupada em ajudar a todos em ser justa com todo mundo. Aguentou no osso do peito o stress da Alphorria e teve o maior jogo de cintura para ministrar as situações mais adversas que apareceram no caminho.
Ser mestre não é apenas lecionar, ensinar não é apenas transmitir o conteúdo programático.
Ser mestre é ser orientador e amigo, guia e companheiro, é caminhar com o aluno passo a passo.
É transmitir a este os segredos da caminhada.
Ser mestre é ser exemplo de dedicação, de doação, de dignidade pessoal e de amor.
O agradecimento sincero aos mestres e amigos; aos somente mestres, e àqueles que, com seus problemas e dores humanas, não foram amigos e nem mestres, mas que também passaram por nós.
Nosso respeito, nosso afeto.
Nossos queridos colegas:
Essa é a nossa despedida. É o final da longa caminhada, aonde dividimos momentos bons e ruins e levaremos em nossos corações lembranças maravilhosas desse momento único que é a faculdade. Não conviveremos mais todos os dias, talvez semana que vem nem tenhamos mais notícias uns dos outros, mas sabemos que não nos esqueceremos jamais. Essa, é apenas uma entre tantas outras vitórias que estão por vir. Pois hoje, partimos em direção a uma nova etapa de nossas vidas.
A saudade já bate em nossas portas, mas a esperança de um futuro brilhante é o que deve perdurar em nossos corações. A partir de hoje trocaremos as discussões em salas de aula, pelas discussões em reuniões de pauta; acordar cedo será rotina; não ter horário para dormir, ou para as refeições, também; o relógio será nosso fiel escudeiro; correremos contra o tempo, mas não teremos mais feriados, dias santos ou afins, trocaremos tudo isso pelo crachá de imprensa, pelo gravador, pela filmadora ou pela máquina fotográfica.
É chegada a hora de colocarmos a bagagem nas costas e seguirmos viagem com todos os ensinamentos destes anos de faculdade. Tantos trabalhos, provas, noites perdidas, prazos sufocantes, desentendimentos, reconciliações.
De fato chegamos ao fim de uma etapa, assim como foi na formatura de alfabetização ou na que marcou o fim do nosso 2º grau. Agora cada um segue seu rumo, mas prevalece a certeza de que ainda nos encontraremos muito nas voltas que o mundo dá. Deixemos bem claro que chegamos ao fim da nossa graduação, mas não ao fim dos nossos sonhos.
O nosso muito obrigado aos profissionais que nos dão e nos deram suporte durante todo esse tempo. Parabéns pra nós, queridos formandos e formandas, sem os quais o sonho de transformar o mundo jamais de tornará real.
E como já dizia o sábio e eterno Ruy Barbosa: “ e jornalista é que nasci, jornalista é que sou. De jornalista não me hão de demitir enquanto houver imprensa, a imprensa for livre, e este resto de liberdade nos indicar que a pátria respira.” Boa noite!
