terça-feira, 29 de maio de 2012

A noite em que Bagé cantou o rock do Capital Inicial




         




         O relógio marcava 23h de sábado (26/05) quando o grupo Capital Inicial chegou ao Ginásio Militão para comemorar oficialmente os 10 anos da Escola Técnica Capacitar. A banda é composta por Dinho Ouro Preto (vocais e guitarra), Flávio Lemos (baixo), Fê Lemos(bateria), Yves Passarell (guitarra) e, pelos músicos de apoio Robledo Silva(teclado e violões) e Fabiano Carelli (guitarra e violão). Sem o mínimo de estrelismo e com a maior simpatia e simplicidade a banda prontamente atendeu todos os fãs e imprensa que aguardavam atrás do palco.
O vocalista Dinho Ouro Preto, naturalmente o mais assediado, cumprimentou uma por uma das pessoas que estavam ali, tirou fotos, deu autógrafos e de uma maneira conturbada, mas atenciosa, falou com a imprensa.
            Devido ao tempo escasso, Dinho respondeu poucas perguntas e reclamou que a banda toca pouco no Rio Grande do Sul: “Nós tocamos cerca de 8 vezes por ano no Rio Grande, eu acho pouco, levando em consideração o tamanho do Estado, gostaria de vir mais vezes para o sul.” Ele disse não lembrar de já ter tocado em Bagé, e se tocaram foi antes da formação atual da banda que já tem 14 anos. “É uma pena que o Capital venha tão pouco a uma cidade histórica como Bagé, e agora que estamos aqui temos uma obrigação maior de fazer um bom show e convencer as pessoas de que nós precisamos vir mais vezes.” Declarou.
            O vocalista contou sobre o acidente que sofreu em 2009 quando caiu do palco durante um show em Minas Gerais. “Eu não lembro de muita coisa, foi uma experiência bizarra, eu quase morri duas vezes, primeiro pela queda e depois por uma infecção hospitalar. Depois de 30 dias no hospital eu voltei pra casa sem conseguir andar, comer, tomar banho, eu não fazia nada sozinho, saí de lá em uma cadeira de rodas e levei meses de reabilitação, aliás, eu faço reabilitação até hoje. Além disso, em decorrência do acidente eu perdi o olfato, fiquei com problemas de insônia, algumas pequenas sequelas ficaram mas nada que me impeça de retomar a minha vida e seguir na estrada com o Capital.”
            Dinho falou um pouco sobre o disco novo que a banda começou a gravar há 2 semanas: “O público pode esperar um disco mais nervoso, com algumas coisas mais políticas, por ser o mesmo produtor do disco anterior “Das Kapital”, em termos de sonoridade vai ser parecido, porém as letras são um pouco mais contundentes. O trabalho ainda não tem nome mas eu chamo ele de XXX que significa 30 em números romanos( referindo-se às comemorações alusivas aos 30 anos de carreira que completam neste ano).” O novo trabalho deve ser finalizado em agosto de 2012.
            Quando o relógio marcou meia-noite as cerca de 4 mil pessoas que estavam no Militão vibraram com a entrada da banda no palco. Os primeiros acordes da música Como se sente que faz parte do último disco “Das kapital” anunciaram que começaria o show. A partir de então o Capital Inicial apresentou 1 hora e 45 minutos de puro rock´n roll com covers de The Clash, Led Zepelin, Raimundos, Ramones, Kiss e é claro composições dos mais diversos discos da banda.
           Dinho interagiu com o público o tempo inteiro e contou várias histórias, ele fez questão de relembrar a amizade entre ele, Renato Russo e os irmãos Flávio e Fê Lemos nos anos 80 quando Renato, Fê e Flávio formavam a banda Aborto Elétrico, que fez sucesso na cena rock nacional. Duas músicas da extinta banda foram regravadas pelo Capital e cantadas durante o show,Fátima e Veraneio Vascaína. Em homenagem a Legião Urbana e protestando contra os escândalos políticos a banda tocou Que país é esse?. Foram dois intervalos e os pedidos de “bis” fizeram com que eles voltassem ao palco.Sem nenhum instrumento, só com as palmas do público e a voz, Dinho encerrou o show cantando a música We Will Rock You do Queen.
           Após a reforma foi a primeira vez que o Ginásio Militão abrigou um show de rock, mas o público que delirou e mostrou estar sedento por apresentações desse estilo saiu com a certeza de que em menos de um mês Bagé irá receber outro show nacional, pois no dia 15 de junho a banda de rock Charlie Brown Jr. vai marcar a comemoração dos 10 anos da empresa de eventos La Gitana.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Eu e minha maldita e bendita sinceridade


A lista (Oswaldo Montenegro) 
Faça uma lista de grandes amigos 
Quem você mais via há dez anos atrás 
Quantos você ainda vê todo dia 
Quantos você já não encontra mais 
Faça uma lista dos sonhos que tinha
Quantos você desistiu de sonhar! 
Quantos amores jurados pra sempre 
Quantos você conseguiu preservar 
Onde você ainda se reconhece 
Na foto passada ou no espelho de agora 
Hoje é do jeito que achou que seria? 
Quantos amigos você jogou fora 
Quantos mistérios que você sondava 
Quantos você conseguiu entender 
Quantos segredos que você guardava 
Hoje são bobos ninguém quer saber
Quantas mentiras você condenava 
Quantas você teve que cometer 
Quantos defeitos sanados com o tempo 
Eram o melhor que havia em você 
Quantas canções que você não cantava 
Hoje assovia pra sobreviver 
Quantas pessoas que você amava 
Hoje acredita que amam você 
Faça uma lista de grandes amigos
Quem você mais via há dez anos atrás 
Quantos você ainda vê todo dia 
Quantos você já não encontra mais 
Quantos segredos que você guardava 
Hoje são bobos ninguém quer saber 
Quantas pessoas que você amava 
Hoje acredita que amam você 


 Eu normalmente sou uma pessoa super pra cima, e acho que quem me conhece pode confirmar isso, procuro ter sempre um sorriso, um bom abraço e palavras de carinho pra oferecer pra quem gosto. Ok, há quem diga que sou nojenta, metida etc e tal, também sei ser assim, a verdade é que sou antes e acima de tudo humana e imperfeita, assim sendo sou amada por alguns e odiada por tantos outros. Mas enfim, o fato é que apesar de procurar ser uma pessoa legal com quem merece eu tenho os meus dias ruins. Sou capricorniana e uma das características desse signo que eu mais me encaixo é a de ter um mundo próprio aonde só eu tenho acesso, e nos dias que eu entro no meu mundinho normalmente me desligo do resto e vivo uma íntima ligação de "mim com o meu eu" e ponto. Hoje tô no meu mundo, e tô tristinha também, dias assim, ruins, desses que todo mundo por mais feliz que seja acaba vivendo. E justamente hoje quando eu estava no banho, geralmente tomo banho ouvindo música, tocou essa música do Oswaldo Montenegro e me fez pensar o dia todo em mil coisas, pessoas e situações. Senti saudade, amor, ódio, rancor, vontade de perdoar e pedir perdão, tudo em um só dia. Cheguei a conclusão que o mais sofrido em "ser eu" é ser intensa, ai que chatice essa intensidade toda que faz eu me jogar de cabeça e viver cada segundo de um relacionamento e pasmem, não estou falando de relacionamentos amorosos. O cidade negra cantou "Eu tô falando de amizade...", e é disso que eu tô falando, de amigos, de verdade, de vida, de pequenos momentos, de pessoas que gostam da gente como somos. Eu sei que eu sou uma chata porque eu sou autêntica em excesso, minhas caras, minhas palavras, minhas atitudes não me deixam mentir. Isso é legal?! Tem horas que sim, tem pessoas que acham, mas outras tantas não querem me ter por perto em função disso, tem gente que não suporta a verdade. Deus sabe o quanto eu queria poder controlar toda essa sinceridade que eu insisto em externar, mas é mais forte que eu e quando vejo estou falando, e se não falo, a minha expressão facial fala por mim. Fazer o que?! Nascer de novo?! Infelizmente pra alguns e felizmente pra outros não tenho como, então, o negócio é seguir tentando me controlar, mas quando isso for impossível, sairei disseminando a verdade (minha verdade) por aí. Sinceramente (lá tô eu sendo sincera de novo), sinto falta de muitas pessoas que não fazem mais parte da minha vida, mas agradeço pelas que continuam fazendo. Seguir em frente e valorizar quem me ama e me aceita como eu sou, essa é a maior e mais difícil missão, mas difícil está longe de ser impossível.

 Obs: O post refere-se ao sábado (19/05) mas só consegui finalizá-lo hoje.