segunda-feira, 21 de maio de 2012

Eu e minha maldita e bendita sinceridade


A lista (Oswaldo Montenegro) 
Faça uma lista de grandes amigos 
Quem você mais via há dez anos atrás 
Quantos você ainda vê todo dia 
Quantos você já não encontra mais 
Faça uma lista dos sonhos que tinha
Quantos você desistiu de sonhar! 
Quantos amores jurados pra sempre 
Quantos você conseguiu preservar 
Onde você ainda se reconhece 
Na foto passada ou no espelho de agora 
Hoje é do jeito que achou que seria? 
Quantos amigos você jogou fora 
Quantos mistérios que você sondava 
Quantos você conseguiu entender 
Quantos segredos que você guardava 
Hoje são bobos ninguém quer saber
Quantas mentiras você condenava 
Quantas você teve que cometer 
Quantos defeitos sanados com o tempo 
Eram o melhor que havia em você 
Quantas canções que você não cantava 
Hoje assovia pra sobreviver 
Quantas pessoas que você amava 
Hoje acredita que amam você 
Faça uma lista de grandes amigos
Quem você mais via há dez anos atrás 
Quantos você ainda vê todo dia 
Quantos você já não encontra mais 
Quantos segredos que você guardava 
Hoje são bobos ninguém quer saber 
Quantas pessoas que você amava 
Hoje acredita que amam você 


 Eu normalmente sou uma pessoa super pra cima, e acho que quem me conhece pode confirmar isso, procuro ter sempre um sorriso, um bom abraço e palavras de carinho pra oferecer pra quem gosto. Ok, há quem diga que sou nojenta, metida etc e tal, também sei ser assim, a verdade é que sou antes e acima de tudo humana e imperfeita, assim sendo sou amada por alguns e odiada por tantos outros. Mas enfim, o fato é que apesar de procurar ser uma pessoa legal com quem merece eu tenho os meus dias ruins. Sou capricorniana e uma das características desse signo que eu mais me encaixo é a de ter um mundo próprio aonde só eu tenho acesso, e nos dias que eu entro no meu mundinho normalmente me desligo do resto e vivo uma íntima ligação de "mim com o meu eu" e ponto. Hoje tô no meu mundo, e tô tristinha também, dias assim, ruins, desses que todo mundo por mais feliz que seja acaba vivendo. E justamente hoje quando eu estava no banho, geralmente tomo banho ouvindo música, tocou essa música do Oswaldo Montenegro e me fez pensar o dia todo em mil coisas, pessoas e situações. Senti saudade, amor, ódio, rancor, vontade de perdoar e pedir perdão, tudo em um só dia. Cheguei a conclusão que o mais sofrido em "ser eu" é ser intensa, ai que chatice essa intensidade toda que faz eu me jogar de cabeça e viver cada segundo de um relacionamento e pasmem, não estou falando de relacionamentos amorosos. O cidade negra cantou "Eu tô falando de amizade...", e é disso que eu tô falando, de amigos, de verdade, de vida, de pequenos momentos, de pessoas que gostam da gente como somos. Eu sei que eu sou uma chata porque eu sou autêntica em excesso, minhas caras, minhas palavras, minhas atitudes não me deixam mentir. Isso é legal?! Tem horas que sim, tem pessoas que acham, mas outras tantas não querem me ter por perto em função disso, tem gente que não suporta a verdade. Deus sabe o quanto eu queria poder controlar toda essa sinceridade que eu insisto em externar, mas é mais forte que eu e quando vejo estou falando, e se não falo, a minha expressão facial fala por mim. Fazer o que?! Nascer de novo?! Infelizmente pra alguns e felizmente pra outros não tenho como, então, o negócio é seguir tentando me controlar, mas quando isso for impossível, sairei disseminando a verdade (minha verdade) por aí. Sinceramente (lá tô eu sendo sincera de novo), sinto falta de muitas pessoas que não fazem mais parte da minha vida, mas agradeço pelas que continuam fazendo. Seguir em frente e valorizar quem me ama e me aceita como eu sou, essa é a maior e mais difícil missão, mas difícil está longe de ser impossível.

 Obs: O post refere-se ao sábado (19/05) mas só consegui finalizá-lo hoje.

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